Academia Futsal Condeixa

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

“É um orgulho muito grande fazer parte desta família que é a Academia”

Capitã Xana Gonçalves frisa que o principal objectivo foi alcançado com a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal. Com a Divisão de Honra no horizonte, o foco está no título distrital
Como descreve o jogo diante do Serpinense?

Estávamos cientes de que não ia ser um jogo fácil, uma vez que se tratava de um jogo a eliminar e as duas equipas tinham o mesmo objectivo, ganhar a partida e garantir a passagem à 3.ª eliminatória da prova. A equipa do Serpinense tem uma boa equipa e, apesar de nos ter dado a iniciativa do jogo, penso que não foi o nosso jogo mais consistente, com alguns momentos de precipitação e desconcentração, não produzindo assim aquilo que desejávamos e somos capazes. Contudo, o balanço é positivo pois o objectivo principal foi cumprido.

Qual a reacção do grupo após a vitória?

O grupo ficou contente com a vitória, uma vez que garantimos a continuidade na Taça de Portugal, competição na qual queremos chegar o mais longe possível. No entanto, a equipa tem noção que, o seu crescimento colectivo é um processo contínuo e que ainda há muito trabalho pela frente para consolidar e aperfeiçoar os nossos processos de jogo.

Como se gere o foco competitivo sendo que apenas jogaram duas vezes desde o arranque da temporada?

Para ser sincera, não é fácil gerir o foco competitivo quando estamos perante uma época completamente atípica, na qual o nosso maior receio se prende com o cancelamento das competições. No entanto, e apesar de todas as restrições devido à situação de pandemia, a equipa técnica continua a encetar todos os esforços para que se trate de uma época “normal” e que não afecte a consistência e motivação do grupo. Desta forma, para que o foco competitivo não estagne, penso que a receita será a confiança que temos nos seus processos de jogo, a nossa união e espírito de entreajuda e ainda a vontade de trabalhar intensamente para crescer como colectivo e deixar a nossa marca nesta época.

Também pela escassez de jogos estas vitórias na Taça de Portugal têm um sabor ainda mais especial?

Claro que sim. Neste momento, sendo a única competição que está a decorrer na qual podemos participar, é uma mais-valia para podermos colocar em prática tudo o que temos vindo a treinar desde o arranque da temporada e podermos mostrar o nosso crescimento colectivo. Torna-se ainda uma motivação para que continuemos a treinar e trabalhar intensamente nos nossos processos e assim, atingir o sucesso.

Esteve no grupo que na primeira época fez história no distrito e chegou à 4.ª eliminatória. Gostava de repetir o feito?

Não só gostava de repetir o feito, como também gostava que conseguíssemos superar e chegar o mais longe possível nesta prova.

É uma das atletas fundadoras do projecto de futsal feminino na Academia. O que representa o clube para si?

É sem dúvida um orgulho muito grande para mim não só fazer parte deste projecto do feminino, bem como fazer parte desta família que é a Academia. É um projecto com o qual me identifico pelo facto de partilharmos uma paixão: o futsal. A Academia é muito mais do que um clube, é um projecto que tem por base a formação desportiva, em que o processo de ensino-aprendizagem está definido nos seus modelos, princípios e conteúdos. Na minha opinião, a Academia defende uma filosofia de formação que é fundamental para a vida em sociedade, transmitindo valores aos nossos atletas, através do desporto e da prática de actividade física. No seguimento desta ideia, a Academia deu-me a oportunidade de continuar a praticar esta modalidade, após interregno de um ano, permitindo-me evoluir bastante, não só como atleta mas principalmente como pessoa.

Ser capitã dá responsabilidade acrescida?

Sem dúvida. Ser capitã não é uma tarefa fácil, muito menos na situação que estamos a passar, pois será necessário ajudar a equipa a sentir-se motivada para continuarmos a lutar pelos objectivos colectivos. Na minha opinião, penso que quando somos escolhidas para ser capitãs é porque confiam em nós e no nosso trabalho, apenas devemos manter a nossa personalidade e ser verdadeiras, para que sejamos respeitadas por todos. Será necessário ser o exemplo do que exigimos aos outros ao mesmo tempo que gerimos eventuais conflitos dentro da própria equipa. No entanto, como ser humano que somos, não seremos sempre perfeitas, pois também teremos bons e maus momentos, mas devemos, principalmente, estar disponíveis para crescer e aprender. Bem sei que ser capitã poderá acarretar alguns riscos e responsabilidades, contudo também poderá trazer algumas recompensas.

Quais as metas definidas para este ano?

Com tudo a correr bem e o campeonato distrital a arrancar mesmo no dia 10 de Janeiro, a meta da equipa passa por ficar em 1.º lugar na Divisão de Honra para que possamos ter acesso à Taça Nacional. Conseguindo dar esse feito, tentaremos chegar ao Nacional da 2.ª Divisão. Para além desse objectivo, que é o principal, temos ambições legítimas na Taça AFC e queremos chegar o mais longe possível na “prova rainha”, o que seria um excelente feito para ficar na história deste primeiro ano da Academia de Desportos de Condeixa.

Nome: Xana Gonçalves (Paula Alexandra Teixeira Gonçalves)

Idade: 31 anos (10/06/1989)

Local: Penela

Clubes: Associação Espinhal, Penelense, Núcleo SCP Condeixa e Academia Condeixa

sábado, 19 de dezembro de 2020

Academia segue em frente após dérbi emotivo

A Academia de Desportos de Condeixa garantiu uma vaga na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal de futsal feminino ao vencer o Serpinense, por 4-2, no Pavilhão Municipal condeixense. Num encontro de vizinhos, as anfitriãs assumiram a posse de bola, mas coube às visitantes as primeiras grandes situações de golo que não conseguiram converter em golo. A meio do primeiro tempo, um remate de fora da área de Alexandra Coelho só parou no fundo das redes e, mais tarde, a camisola 3 da Academia assistiu Raquel Mota para novo remate de fora da área, desta feita, rasteiro e colocado. A resposta da turma de Serpins surgiu por Raquel Santos que aproveitou um erro defensivo, isolou-se e fez o 2-1 que se verificava ao intervalo. No segundo tempo, a vontade do Serpinense empatar a partida esbarrou em Ema Ferreira. Do lado oposto, com 30’ jogados, Ana Maria Paiva assistiu e Mariana Gandarez ampliou a diferença (3-1). Mais golos, só na recta final. Aproveitando um ressalto na área, Ana Raquel fez o 4-1, mas o marcador só encerrou com o tento de Cristina Colaço, já à entrada do último minuto. Arbitragem positiva. Pavilhão Municipal de Condeixa. Árbitros: David Pereira e Filipa Prata. Cronometrista: António Henriquez. Academia 4 Ema Ferreira, Xana Gonçalves, Alexandra Coelho, Raquel Mota e Mariana Gandarez Banco: Carolina Boavida, Ana Maria Paiva, Juliana Lourenço, Ana Rita Melo, Sabrina Silva e Ana Raquel Treinador: Arlindo Matos Serpinense 2 Sara Simões, Beatriz Ferreira, Raquel Santos, Márcia Rosa e Jacinta Santos Banco: Inês Mendes, Anabela Marques, Ângela Rodrigues, Cristina Colaço, Ângela Morgado e Jéssica Daniela. Treinador: Tiago Adelino Ao intervalo: 2-1. Golos: Alexandra Coelho (9’), Raquel Mota (16’), Raquel Santos (17’), Mariana Gandarez (30’), Ana Raquel (38’) e Cristina Colaço (39’).