Academia Futsal Condeixa

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Nunca tive grandes dificuldades em conciliar estudos e futsal pois sempre tive a noção que as duas coisas são importantes




O que representa para ti a Academia?

A Academia, na minha opinião, não é apenas um clube que partilha da mesma paixão que eu, é um projeto que tem por base a formação de atletas, não só enquanto jogadores de futsal mas também enquanto cidadãos devido aos ensinamentos e valores transmitidos. Desde início e até aos dias de hoje, onde passaram muitos e bons anos, senti que houve um crescimento e evolução da minha parte, tal como do projeto Academia no geral, e por isso, sou muito grato a esta instituição, não há como negar. Aqui vivi grandes momentos, pude aprender um pouco de tudo e, além disso, o ter chegado a patamares onde sinceramente nunca pensei chegar, é em parte, responsabilidade do clube e de todos os envolvidos, o que me faz considerar a Academia uma segunda família.

Qual a melhor recordação que tens do teu início na Academia?

Na altura, sendo a primeira vez que me estava a integrar numa equipa e num desporto, pelo facto de até então nunca ter praticado nenhuma outra modalidade ou mesmo futebol, podia sentir alguma insegurança perante um novo desafio, ou seja, a maneira como me iria adaptar seria um fator determinante. Como disse anteriormente, fui bem recebido e acarinhado por todos, equipa, treinadores e todos os responsáveis pela Academia, e isso, considero que é a melhor recordação desse meu começo pois foi preponderante nessa adaptação que funcionou como base para a minha evolução.

Quais os momentos que ficam na memória, quer pela positiva quer pela negativa?

Durante este trajeto recordo vários momentos, uns negativos porque a meu ver devem ser encarados como exercícios de aprendizagem para que no futuro possamos melhorar, e claro, momentos positivos pela felicidade que nos causam ao relembrá-los. Daqueles mais difíceis, que no entanto são poucos, destaco pela importância que teve, um jogo, na final da supertaça da época 2017/18, em que a poucos segundos do final me foi encarregue a marcação de um livre de 10 metros que poderia dar o empate. Infelizmente não concretizei essa oportunidade em golo e acabámos por perder, mas como referi, é uma lição que levo para a vida. Nessa mesma época, e referindo-me agora aos pontos positivos, não podia deixar de realçar a conquista do tão desejado campeonato que foi sinónimo de uma enorme crença, ambição e trabalho de toda a equipa durante essa época e que resultou, para além dessa conquista, numa participação na Taça Nacional, momento marcante para qualquer jogador e que ajudou também a elevar o nome da Academia. Para finalizar, e porque acho que foi memorável não só a nível pessoal mas também para todo o clube, saliento as viagens a Espanha que, sem dúvida, foram experiências únicas e também importantes, sobretudo porque foram momentos que promoviam a união da família Academia.

Ser um dos capitães da Academia é responsabilidade acrescida?

Certamente que sim. Ser capitão vai muito para além de usar uma braçadeira ou ter o privilégio de levantar uma taça. Ser capitão faz de nós o exemplo a seguir, alguém que tem de ser capaz de liderar o balneário e manter a união entre todos, sobretudo nos momentos menos bons. Como é óbvio não é uma tarefa fácil, implica saber lidar constantemente com um grupo de trabalho composto por pessoas com diversas personalidades, inclusive algumas que não são compatíveis com a nossa, mas há que respeitar para ser respeitado, pois só assim iremos promover o bom funcionamento dentro da equipa. Por outro lado, e a meu ver, ser capitão deve ser considerado um motivo de orgulho dado que é um sinal de que o clube confia em nós e no nosso trabalho, por isso mesmo, é importante manter o foco, a postura e sermos nós próprios.

Foste chamado aos trabalhos das seleções de Coimbra. Qual o sentimento que fica representar o distrito?

Representar a seleção é um grande privilégio e é sempre algo especial, não só por estar a representar a nossa cidade, o que acarreta responsabilidades acrescidas, mas também porque nos possibilita partilhar a quadra com os melhores, pondo de parte qualquer rivalidade. Considero muito importante para o crescimento de qualquer atleta e, portanto, a satisfação quando se é chamado é enorme, é a demonstração de que o trabalho que estamos a desenvolver é muito positivo, ainda para mais, quando é algo que se torna repetitivo, o que nos dá ainda mais confiança e motivação para o futuro.

Qual foi o momento alto?

Nestes 4 anos em que tive a oportunidade de representar a seleção, é difícil de definir um ponto alto pois, num contexto destes, procuramos sempre usufruir ao máximo de todos os momentos ficando na memória muitos deles. Mas desses que guardo, pelo facto de ser um sinónimo de empenho, evolução constante e de objetivo cumprido, destaco o meu terceiro ano, em que todos unidos alcançamos o pleno de vitórias no torneio, e também, posteriormente, no ano a seguir, o momento em que tive o prazer de envergar a braçadeira de capitão e ter a honra de poder liderar uma equipa recheada de talentos.

Como tem sido conjugar futsal e estudos?

Felizmente, até aos dias de hoje, nunca tive grandes dificuldades em conciliar estudos e futsal pois sempre tive a noção que as duas coisas são importantes, a escola porque está diretamente relacionada com o nosso futuro e com aquilo que queremos dele, enquanto que o futsal  é o que mais gostamos de fazer, é a paixão que nos move e nos faz sentir felizes, por esse motivo, penso que não há razão para prescindir de uma delas por causa da outra, excetuando um caso pontual como é normal. Estou no 12.º ano - Curso de Ciências, e posso afirmar que o sucesso em ambas as áreas está muito dependente do saber ou não interligar estes dois aspetos essenciais na nossa vida.

Profissionalmente o que idealizas fazer?

Primeiro gostaria de entrar num curso relacionado com a área da saúde para depois, futuramente, exercer uma profissão dentro destes moldes. Incorporado neste setor, o que mais me chama a atenção é fisioterapia, que considero até como primeira opção, mas tenho a consciência de que às vezes as coisas não correm como queremos e, por isso, estou preparado para, eventualmente, ter de seguir outros caminhos.

Que objetivo queres cumprir no futsal?

Qualquer jogador de futsal, para além de querer praticar esta modalidade por muito tempo, tem como objetivo jogar ao mais alto nível e, quando digo isto, refiro-me a campeonatos como a Liga Placard. Eu, enquanto atleta, não fujo à regra e claramente gostava de chegar a esses patamares e poder enfrentar jogadores de enorme qualidade, seria uma experiência incrível e certamente iria aprender e evoluir ainda mais. Sei que, como tudo, não será fácil, mas acredito que com humildade, muito trabalho e gosto pelo que faço, poderei chegar onde pretendo. 

BI

Nome: Rafael Filipe Campos Natário

Data de nascimento: 01/01/2003

Idade: 18 anos.

Ano escolar: 12º Ano





quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Parabéns Portugal!

A Academia de Desportos de Condeixa felicita a Seleção Nacional que se sagrou Campeã da Europa há 3 anos, em Ljubljana, na Eslovénia. Aquela final contra a Espanha (vitória por 3-2), ficará para sempre na memória.



🇵🇹
10 fevereiro 2018 🇵🇹
🥳3 anos de campeões europeus 🥳
Parabéns Portugal!




sábado, 6 de fevereiro de 2021

Academia na imprensa



Diário de Coimbra (2 de Fevereiro) 

Diário de Coimbra (3 de Fevereiro)
- clique na imagem para ler o artigo online -

Diário As Beiras (4 de Fevereiro)
Diário As Beiras (5 de Fevereiro)

Diário de Coimbra (6 de Fevereiro)


terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

"Tornar a Academia numa referência a nível nacional, principalmente ao nível da formação"

 Como começou a sua ligação ao futsal?

A minha ligação ao futsal começa enquanto jogador por volta de 1991, ano em que comecei a participar nos torneios concelhios com os amigos de infância e, posteriormente, ao tornar-me federado. Joguei no Clube de Condeixa, na 3ª Divisão Nacional em 2001/2002, e depois no Clube Campizes, na Divisão de Honra em 2003/2004. Enquanto professor, estive ligado à modalidade através do Desporto Escolar em 1995/1996 e em 1999/2000. Finalmente, entro na carreira de treinador na temporada de 2004/2005, na qual iniciei um projeto incrível no CCR Bruscos.

Quais os pontos altos que realça nesse projecto do Bruscos?

Tantos. Estive ligado à criação da equipa sénior feminina (2004/2005), na qual começámos na 1ª Distrital AFC e subimos logo no primeiro ano à Divisão de Honra. Dois anos depois (2006/2007), deu-se o início da equipa sénior masculina. Subimos da 1ª Distrital à Divisão de Honra logo no primeiro ano e depois de nos dois anos seguintes lutarmos sempre pela subida ao Nacional, em 2009/2010 concretizou-se a ambicionada subida à 3ª Divisão Nacional através da conquista do título distrital. Ganhámos também a Taça AFC, fazendo a dobradinha. Foram seis anos fantásticos, de muito trabalho, confiança, perseverança, nos quais tive o privilégio de conhecer pessoas incríveis e no qual fui muito respeitado por direção e atletas. Aliás, muitas dessas pessoas são minhas amigas pessoais. 

Fale-nos um pouco do seu trajecto de treinador?

Já lá vão uns anos. São já 17. Estive 6 anos no CCR Bruscos, no qual alcançámos três subidas de divisão, um título distrital e uma Taça AFC. Estive ainda 8 anos na equipa universitária da Académica. Fomos duas vezes campeões nacionais e fomos três vezes vice-campeões nacionais. Neste período fui duas vezes nomeado para melhor treinador do ano nos Prémios FADU, fui eleito Treinador do Ano nos Prémios Salgado Zenha e disputámos cinco Campeonatos da Europa. Do meu percurso faz ainda parte um ano do CS Ribeira de Frades, na 3.ª Divisão, estive um ano na Académica como treinador-adjunto na Liga Sport Zone. Estou há seis anos nas seleções distritais de Coimbra, como treinador-adjunto e há três anos como formador dos cursos de treinadores da AF Coimbra e da AF Lisboa. Em 2011, estou no início do projecto da Academia de Futsal de Condeixa que este ano transitou para a Academia de Desportos de Condeixa.

Como referiu, esteve várias épocas ligado ao universitário. Uma experiência positiva?

Muito positiva, foi extraordinária, fantástica e que irei recordar para o resto da vida. Foram oito anos maravilhosos a estar de losango ao peito e a representar a grande e emblemática Académica. É uma experiência bem diferente do federado a todos os níveis, pelo número de treinos, o tipo de jogadores - idades, clubes, nacionalidades, divisões onde jogam -, grau de exigência do campeonato, desde as deslocações, estadias, conciliação dos treinos dos clubes/treinos do universitário, jogos dos clubes/jogos universitários. É uma tarefa muito complexa de gerir mas muito desafiante. Dá-me um orgulho enorme e sinto-me um privilegiado pelo facto de ter podido treinar/orientar jogadores que jogaram e jogaram ao mais alto nível do futsal nacional e que tão bem nos representam inclusive nas mais diferentes seleções nacionais.

Académica foi campeã nacional em 2008/09 e 2013/14

Como descreve a participação nos Campeonatos da Europa?

Indiscritível! É daquelas sensações que se vivem e por mais palavras que se procurem não é fácil de descrever. É viver dia e noite o futsal, é fazer uma vida de profissional naquele período, é passar os dias a preparar os jogos, ver jogos adversários, analisá-los até à exaustão e mostrar vídeos à nossa equipa, treinar, jogar e descansar. E assim sucessivamente até atingir a melhor classificação possível. É uma experiência fantástica. Jogar contra jogadores que são internacionais A pelos seus países e que os vimos posteriormente jogar por exemplo no Campeonato da Europa ou na UEFA Futsal Cup. E depois, para tornar as coisas ainda mais especiais, apareceram os resultados. Ficámos, das cincos participações que tivemos, quatro vezes nos oito melhores clubes da Europa. Das cincos participações - Montenegro, Finlândia, Holanda, Polónia e Croácia - recordo por dois motivos a participação de Montenegro: primeiro porque foi a primeira participação internacional e segundo porque fomos à meia-final e perdemos nos penáltis. Acabámos por ficar em 4º lugar e essa foi a nossa melhor classificação nos Europeus. 

No seu trajecto, qual o momento mais difícil?

Felizmente, no futsal, não tenho muitos momentos menos bons, mas dos dois ou três mais complicados destaco aquele que não teve um final feliz e foi a primeira vez que não consegui levar uma época/projeto até ao fim. Na época 2012/2013, no CS Ribeira de Frades, em que orientei a equipa de Setembro até meio de Fevereiro, mas devido a alguns problemas graves a nível pessoal, conjuntamente com alguns problemas internos - perda de alguns jogadores, muitas lesões e a não obtenção de resultados desportivos – ditou uma conjugação complicadíssima e não deu para continuar e penso que fiz o melhor para mim, para os meus jogadores e para o clube. Pedi à Direção para me deixar sair e depois de acordo mútuo foi isso que acabou por acontecer.

Seleções distritais de Coimbra

Que avaliação faz ao trabalho das seleções distritais nos últimos anos?

Até agora foram seis anos muito produtivos. Devo realçar o trabalho que temos feito, encabeçado pelo Tó Coelho e também com o Filipe Tenente, no qual temos formado uma boa equipa, tem-se evidenciado nos resultados obtidos e a nossa Associação, bem como a cidade de Coimbra têm ficado muito bem vistos em termos nacionais. Observámos muitos clubes e muitos atletas e no total já trabalhámos com cinco escalões diferentes: sub-20, sub-19, sub-17 - escalão no qual fomos vice-campeões nacionais -, sub-15 e sub-13. Temos jovens atletas muito bem formados e com um enorme potencial e prova disso são os resultados que vamos obtendo nos Torneios Inter-Associações e também nas chamadas regulares às seleções nacionais por parte de alguns deles. Com muita pena nossa, a época anterior não acabou da melhor forma, pois a seleção sub-15 não pôde competir uma vez que o TIA não se realizou devido à pandemia. Infelizmente, este ano também ainda não arrancou e penso que as três seleções que tínhamos em mente dificilmente irão entrar em ação. Vamos ter de aguardar para ver. 

É um dos treinadores fundadores da Academia. Em 2011, quando recebeu o convite, pensou ser possível este crescimento?

Bem, se me perguntassem há tantos anos atrás se era isto que eu desejava, eu diria que sim, mas se achava que era possível atingir este patamar, esta dimensão, esta referência em tão pouco tempo, aí eu diria que achava difícil. Sinto-me muito honrado em ser um dos treinadores/fundadores e revejo-me muito neste projeto. Mas continuo a exercer na área do treino/formação para outras entidades e felizmente isso sempre foi compatível e funcionou sem qualquer constrangimento. Agradeço imenso ao mentor deste grande projeto, o professor Arlindo Matos, o facto de me ter feito o convite e de me achar uma peça importante para o nascimento/desenvolvimento daquele que é o seu “filho” mais novo.

Academia de Futsal de Condeixa (6 de Novembro de 2011 em Casal Comba)
Nestes quase 10 anos, o que sobressai no projecto?

Tanta coisa boa. O número de atletas, o número de escalões, o número de equipas, a confiança dos pais, a formação pessoal/desportiva que se procura dia a dia, a credibilidade/competência das equipas técnicas e directivas, a organização da estrutura, a entreajuda global, a família, o feedback de outros jogadores, treinadores e clubes, enfim, tanta coisa positiva. Contudo, sem dúvida que aquilo que nos move, que move este projeto, que todos nós ambicionamos, é que os nossos atletas sejam felizes, cresçam de uma forma saudável e responsável e que tenham muito sucesso desportivo.

Academia foi campeã distrital de iniciados em 2017/2018 e 2019/2020

A última época foi interrompida de forma abrupta. Como sentiu a reação dos atletas?

Senti neles uma enorme tristeza, um enorme desagrado, uma enorme pena de não poderem continuar a fazer aquilo que tanto gostam, jogar/treinar futsal. Inicialmente, não reagiram bem, depois acreditaram que podia ser passageiro e depois veio a grande desilusão de não voltarem a treinar/competir nessa época desportiva. Fizemos de tudo o que estava ao nosso alcance para que não parassem por completo a prática desportiva e para que não se afastassem da nossa “família” em termos de interação diária. Continuámos em contacto com eles, treinávamos online, dávamos-lhes tarefas e desafios e frequentemente demos apoio ao nível emocional para que a vida continuasse de uma forma menos conturbada.

Taças de Encerramento de Infantis (2015/16 e 2016/17)
foram os primeiros troféus oficiais da Academia

Surgiu entretanto a nova Academia de Desportos de Condeixa. O que mudou?

Sinceramente, pouco. Mudou o nome do clube, mudou o emblema e pouco mais. Somos praticamente os mesmos, continuamos com as mesmas ideias e filosofias e seguimos o nosso caminho com os objetivos bem traçados e definidos. A novidade e mais valia, na minha opinião, é que toda a organização, logística e decisão que passava pelo professor Arlindo Matos e o sobrecarregava fortemente é agora distribuída por mais seis elementos diretivos que o libertam de algum desse peso e o apoiam/ajudam aos mais variados níveis.

Esta temporada, não arrancaram ainda as competições jovens. Como gerem as expectativas dos atletas?

Não está fácil, mas, como adultos e gestores/líderes de um processo, temos de fazer o nosso papel. Trabalhávamos desde o dia 1 de Setembro, com todas as regras e exigências e felizmente nunca fomos forçados a parar devido a casos positivos ao novo Covid-19. Íamos dialogando com os nossos atletas/equipas e íamos gerindo as suas ansiedades. Frisávamos que não sabíamos quando começaria o campeonato, mas que o mais importante era não contrairmos o vírus e estarmos preparados para quando o campeonato pudesse começar. No início foi mais fácil, mas a partir do meio de novembro a coisa começou a complicar. Os atletas começaram a ficar saturados de treinar sem competir e ainda por cima de treinar de forma condicionada. Aí sim, a dificuldade em os motivar começou a ser maior. No início de Janeiro, e depois de um pequeno abrandamento no ritmo dos treinos devido à época festiva de Natal e Fim de Ano, a motivação regressou e a possibilidade do início de campeonato voltou a ser um fator preponderante. Três semanas depois, estamos em novo confinamento e os treinos foram suspensos.

Ainda assim, a equipa feminina tem estado em bom plano na Taça de Portugal...

É verdade, já nos deram duas alegrias e estão de parabéns pela entrega e responsabilidade demonstradas nos dois jogos. Duas eliminatórias ultrapassadas, e bem ultrapassadas. Garantiu-se assim a passagem à 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Já estávamos a preparar o jogo dessa mesma eliminatória, mas devido ao panorama pandémico nacional, este foi adiado. Foi especial ver o primeiro jogo oficial da Academia de Desportos de Condeixa.

João Oliveira orientou equipas dos petizes aos juvenis na Academia

Cumpridos todos os patamares de formação, é possível pensar na Academia na Divisão de Honra de seniores masculinos na próxima época?

Claro que sim. É um projeto construído de raiz e que começou nos "alicerces" e terminará no "telhado". Assim sendo, claro que a Academia terá de ter seniores masculinos na próxima época pois será o ano em que os nossos atletas, os sub-20 e os actuais juniores de 2.º ano, darão início ao escalão sénior. Sabíamos desde o dia 4 de julho de 2011 que, de dois em dois anos, teríamos de abrir um novo escalão. Pois bem, 2021/2022 será o ano de abrir o escalão sénior masculino e manter os nossos atletas junto de nós, eles que nos acompanham há tantos anos. Não faria qualquer sentido, formarmos atletas durante tantos anos e agora não lhes criarmos condições para poderem mostrar e pôr em prática toda a sua formação e habilidades.

O que têm idealizado para o projecto da Academia?

O que temos idealizado passa por tornar a Academia numa referência a nível nacional, principalmente ao nível da formação. Mas como é lógico, temos de nos preocupar em trabalhar bem e com qualidade e depois os resultados aparecerão naturalmente. Na minha opinião, já somos uma referência a nível distrital. Caminhamos agora para um patamar regional e a curto/médio prazo haveremos de chegar a patamares nacionais, como já aconteceu com os nossos iniciados na época 2017/2018 que disputaram a Taça Nacional e ficaram entre as 12 melhores equipas do país e iria também acontecer na anterior passada, 2019/2020, com os iniciados, não fosse o cancelamento de todas as provas. Queremos ficar para durar e ambicionamos que o nome da Academia seja reconhecido a nível nacional.

Qual o sonho que gostava de ver realizado na Academia?

Tenho tantos! Mas um daqueles que me faria muito feliz era termos uma equipa sénior masculina a jogar na Liga Placard e onde mais de 50% do plantel fosse composto por jogadores da nossa formação. Isso, como é óbvio, implicaria que os nossos escalões de formação também já jogassem a nível Nacional. Ou seja, era um “dois em um”. Se esse sonho não se vier a concretizar, ambiciono muito que os nossos atletas possam vir a jogar ao mais alto nível e em clubes de reconhecimento nacional.