Academia Futsal Condeixa

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

"Este início de temporada tem sido fascinante"


 A nossa formação Sub-17 recebe o Norte e Soure na tarde deste sábado e procura dar seguimento ao bom arranque de temporada. Costinha, o guardião da nossa equipa, juntou-se à família da Academia com idade infantil e cumpre nova temporada cujo início tem sido... "fascinante". 

🖋 Como tem sido este início de temporada?

🎙 Este início de temporada tem sido fascinante, acho mesmo que não poderia ser melhor. Estamos em primeiro lugar, sem derrotas, temos a melhor defesa e o melhor ataque, mas apenas demonstra o trabalho que temos vindo a fazer semana após semana.

🖋 Segue-se novo jogo em casa, agora com o Norte e Soure. Qual a expectativa?

🎙 Não sabemos o que esperar em relação ao Norte e Soure, mas é certamente uma equipa com as suas ambições. No entanto, apenas temos de nos focar em nós e fazer o que sabemos de melhor para tentar ganhar.

🖋 O que representa a Academia para ti?

🎙 Eu não sou dos mais "velhos" na Academia, mas para mim ela representa a origem de tudo o que sei de futsal e de tudo o que consegui conquistar até hoje. Tudo graças ao trabalho na formação da Academia. A Academia vai ter sempre espaço na minha memória pelo que me fez crescer como pessoa e como jogador.

"Encaramos todos os jogos da mesma maneira"

Com uma jornada dupla pela frente, é um dos capitães da família da Academia a fazer o ponto de situação dos Sub-19. Tomás Cristóvão elogia o espírito de grupo na Academia e as metas para o muito que ainda falta jogar. 


✒ Como sentiste a equipa no regresso à competição diante do União 1919?

🎙 Preparámos muito bem o jogo contra o União. Dentro de campo provámos que somos uma grande equipa e que vamos lutar pelo título até ao fim.

✒ Segue-se uma difícil jornada dupla diante de CP Miranda do Corvo e Granja do Ulmeiro. Qual a expectativa?

🎙 Encaramos todos os jogos da mesma maneira, temos de dar tudo em campo e apoiar-nos uns aos outros. Estes têm sido os aspetos fulcrais para os bons resultados.

✒ O que representa a Academia para ti?

🎙 Para mim, a Academia significa muito, aprendi muito desde que cheguei cá, criei muitas amizades e a Academia foi fundamental para o meu crescimento pessoal.

" A equipa tem uma enorme qualidade"


Pedro Ferreira chegou à família da Academia ainda juvenil depois de um percurso trilhado no futebol. Cedo se revelou um jogador talentoso e este ano integra a histórica primeira equipa sénior masculina da nossa história. 

🖋 Como tem sido este início de temporada?

🎙 Este início de época tem sido desafiante, apesar dos últimos resultados não terem sido o que nós pretendíamos. Contudo, a equipa tem uma enorme qualidade e estamos a trabalhar no sentido de melhorar a nossa prestação em campo e honrar este grande clube.


🖋 A Academia aposta numa equipa maioritariamente vinda da formação para a estreia nos seniores. Como viu essa situação?

🎙 O facto de a nossa equipa ser constituída maioritariamente por jogadores da formação é algo benéfico, pois já conhecemos as características de cada um, o que facilita o nosso jogo. Para além, disso a vinda de jogadores com mais experiência completa-nos como equipa uma vez que nos transmitem os seus conhecimentos na modalidade.


🖋 Expectativa para o jogo com o CF Santa Clara?

🎙 As expectativas para o jogo com o CF Santa Clara são grandes. Sabemos que é uma boa equipa, que tem jogadores com qualidade e que irão dar tudo dentro de campo. Vamos dar o nosso melhor e tentar conseguir um resultado positivo, demonstrando o bom trabalho que é realizado nos treinos.


🖋 O que representa a Academia para ti?

🎙 A Academia é como uma família para mim. Foi um clube que me acolheu de braços abertos e que me transmitiu as bases do futsal. Sinto-me privilegiado por fazer parte deste clube e de integrar a sua primeira equipa de seniores masculinos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Baralho do Gingas

No âmbito da nossa rubrica semanal, eis que o Gingas voltou a dar cartas após mais um fim-de-semana com muito e bom futsal. Não faltaram golos, mas o destaque Gingas vai mesmo para as estreias dos traquinas e dos benjamins que entraram em acção no sábado e com belíssimas exibições. Quanto aos "artilheiros", o capitão Rafael Vale continua a manter o pleno de presenças no "Baralho do Gingas", desta feita com um "hat-trick", tal como Diogo Oliveira que entra como "Rei" após uma ronda com três golos. E entres os nossos "valetes", eis que surge Henrique Real que bisou e Gustavo Silva que marcou... em dois escalões diferentes. Fantástico fim-de-semana, venha o próximo...

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

"Estamos preparados e iremos dar o nosso melhor"

Qual a expectativas que tens para o jogo?

É um inicio de um campeonato exigente, de certeza que será um jogo muito competitivo, no qual vamos encontrar uma equipa com jogadores muito experientes que competiram várias épocas nos campeonato nacionais, mas estamos preparados e iremos dar o nosso melhor para discutir os três pontos, como em qualquer jogo. Quero realçar o empenho e a dedicação que estes jogadores têm demonstrado treino após treino.

Como tem encarado o desafio de ter uma equipa tão jovem?

O aparecimento da equipa sénior este ano deve-se ao crescimento natural da Academia, muitos dos jogadores são seniores de primeiro ano e terão muitos anos para desenvolver as suas qualidades humanas e desportivas, haverá sempre uma adaptação quando iniciamos um projeto, com ajustamento e enquadramento na competição, na complexidade do jogo e será uma aprendizagem constante, mas tem sido muito enriquecedor. 

Que sentimento tem de ser o primeiro treinador da equipa sénior masculina da Academia?

Antes demais, agradeço o convite efetuado para integrar este projeto, partilhamos ideias e princípios comuns, espero estar à altura do desafio. É um orgulho iniciar este projeto com o Filipe Tenente, ao qual agradeço a sua dedicação e empenho, sendo também extensível a todos treinadores do projeto, tem sido muito gratificante. 

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

"O ambiente, as condições, a união e o espírito de família existentes na Academia, são peças chave para os jogadores serem cada vez melhores"


Como iniciou a sua ligação ao futsal? 

Recebi um convite de um grande amigo meu, Nuno Cardetas, com quem convivi nos tempos de faculdade e fomos os responsáveis pelos Interiscas (torneios nacionais entre os ISCA). Apesar de nunca ter praticado enquanto jogador futsal, achei interessante e desafiante poder ajudar como treinador adjunto. Por situações profissionais do meu amigo, ele acabou por não poder dar seguimento à epoca. O coordenador do São João convidou-me para integrar a equipa técnica com a ajuda de um jogador dos juniores, o Zé Cruz. Um jovem com quem tive o prazer de poder durante 2 anos orientar o escalão de benjamins, tendo sido campeão no segundo ano, sendo um feito inédito no clube. 

Praticou andebol. Há algum "transfer" que consegue fazer entre as modalidades? 

Joguei andebol durante 17 anos. Apesar de serem dois desportos diferentes, têm bastantes coisas em comum, o que facilitou a rápida adaptação. Modalidades de pavilhão, com as mesmas dimensões de campo, áreas iguais, e com princípios basicos iguais. Apesar de um ser jogado com a mão e outro com o pé, o passe, a recepção, são aspectos que na formação de base devem ser tidos em conta quando se inicia a prática da modalidade. Com a ajuda de pessoas com alguns anos de futsal, fui aprendendo, fui lendo, pesquisando e percebendo o que era necessário para ajudar na formação dos atletas mais novos. Como é óbvio a experiência que trazia do andebol a nível de jogador também me ajudou a perceber como explicar e como ajudar os atletas a puderem evoluir no aspecto formativo. 

Academia Desportos de Condeixa - Infantis 2020/2021

Como se proporcionou o ingresso na Academia? 

Conheço o nosso presidente, o Arlindo Matos, desde os tempos em que eu era jogador de andebol. O Arlindo foi meu treinador durante dois anos e acabámos por criar um laço de amizade duradouro. Em algumas conversas entre nós, foi-se abordando a possibilidade de eu ingressar na Academia, até que o momento certo aconteceu e é algo que me deixou e ainda deixa com a certeza que foi o melhor para mim a vários níveis. Trabalhar com vários elementos da estrutura com qualidades excepionais tanto a nível pedagógico, como de conhecimento futsalistico, fez com que eu aprendesse cada vez mais e melhor e que me criou o bichinho de querer ser treinador principal de uma equipa da Academia. 

Que balanço faz destes anos de ligação à Academia? 

 Vou para o quinto ano de Academia. Têm sido 5 anos de grande crescimento a vários níveis. Comecei a trabalhar com uma pessoa que praticamente não conhecia e que me ensinou bastante e com quem criei um laço de amizade muito forte e que me ajudou imenso a perceber o que é o futsal, como devo olhar para o futsal. Nem sempre as vitórias são tudo, nos escalões de base o mais importante é formar e formar bem e o mister Daniel Lourenço deixou-me isso bem gravado na minha memória. Depois quando assumi uma equipa como treinador principal (infantis), percebi ainda melhor o que é formar e formar bem. Uma equipa que foi tendo dificuldades nos escalões inferiores e que hoje, em iniciados muitos desses miudos que sofriam "goleadas", perdiam muitos jogos, podem-se orgulhar de serem campeões pela Academia. Um exemplo de que é na base que criamos talentos. E no fundo é isto, a Academia tem evoluído muito, sendo atualmente um dos clubes de referência a nível de formação distrital e também já reconhecida a nível nacional e até internacional. 

Torneio de Solidariedade Acreditar no Futsal (2019)

Até onde poderá chegar a Academia no futsal?  

Eu estou na Academia vai fazer 5 anos e há quem esteja na Academia desde o início e falamos muito sobre isto. O que era a Academia e quem é a Academia? Antes a Academia era mais um clube que se iniciava, que não se sabia se ia durar, uma aposta de pessoas que acreditavam que podiam ser diferentes e criar um projeto sustentável e apoiado em valores importantes para a formação de pessoas e atletas. Hoje, é a Academia, um clube que é falado por todos, respeitado por todos. Um clube, já bem cimentado no distrito de Coimbra e que por todos é reconhecido o excelente trabalho que foi desenvolvido ao longo destes anos. Vejo a Academia num futuro muito próximo a ter equipas de formação no nacional e a ser A referência do distrito.

Qual a melhor palavra para definir a Academia? 

Essa resposta é fácil, a melhor palavra para definir Academia é: Família. Somos todos uma família. Todos nos conhecemos, todos nos apoiamos nos bons e nos maus momentos. Todos nos ajudamos. Mais do que futsal, a Academia cria amizades, cria laços que fazem com que os atletas, treinadores, dirigentes, pais e amigos, não queiram abandonar este clube, este projeto, esta família. E só temos de nos orgulhar de ser um clube que ano após ano, raramente perde jogadores e, no sentido inverso, temos jogadores de outros clubes a quererem vir para esta FAMÍLIA. Porque reconhecem que o ambiente, as condições, a união e o espírito de família existentes na Academia, são peças chave para os jogadores serem cada vez melhores quer como atletas, quer como pessoas.

Torneio de Solidariedade Acreditar no Futsal (2019)

terça-feira, 15 de junho de 2021

"A Academia é uma segunda casa, onde há amor, alegria, diversão, mas onde também há equipa, solidariedade, exigência e critério, sacrifício e respeito"

Com um palmarés recheado e a cumprir a terceira temporada na família da Academia, Raquel Mota explica o sucesso numa temporada em que um grupo de "guerreiras" arrecadou de forma invicta o título distrital. Inês Fernandes e Sara Fatia são as referências de uma atleta que é, ela mesmo, uma referência dentro do projecto feminino da Academia.

A que sabe a conquista deste campeonato?
A conquista do campeonato é um misto de sabores, doce e salgado. Salgado, porque sem dúvida que esta conquista implicou muito suor e muita garra de todas, enquadrada num ano atípico, privadas de praticar o desporto que mais gostamos durante imenso tempo. Doce, muito doce, porque era algo que já procurávamos há algum tempo. Conseguir atingir isso, num ano difícil para todos, foi bastante agradável e com um sabor especial. A felicidade foi e é imensa, sem dúvida.


Quando é que sentiu que a equipa poderia alcançar o título?
Desde o primeiro jogo oficial, após a interrupção da competição. Estaria a mentir se dissesse que nunca me passou pela cabeça que corresse menos bem, pela redução de plantel que houve e pelo impacto que psicologicamente isso poderia ter causado na equipa. No entanto, depois do primeiro jogo, conta a equipa do União 1919, não tive mais dúvidas que estaria ao nosso alcance. Mostrámos a nós próprias que não seria uma questão de número, mas sim de critério, exigência, união, sacrifício e foco.

Apesar do grupo ser "curto", a equipa não perdeu o foco e faz um pleno de vitórias. Qual foi o segredo?
Precisamente aquilo que disse anteriormente. Acrescento que, na minha opinião, aquilo que nos distingue são valores muito fortes de uma Academia que trabalha com uma equipa técnica de excelência, assim como os valores, a entrega e a qualidade das atletas que constituem a equipa. O orgulho em todas é gigante, não tenho palavras.

Conta-nos o teu trajecto no desporto e como surge o futsal na tua vida?
O desporto sempre fez parte da minha vida, sempre, e sem dúvida que adoro a prática de exercício físico. Para mim é essencial. Felizmente, desde pequena sempre tive oportunidade de praticar vários desportos, principalmente em família. Onde moro, existem vários campos desportivos, então, à medida que fui crescendo, o destino aos sábados, feriados ou tardes livres era muitas vezes esse, a jogar à bola com outros miúdos da minha idade e mais velhos. Aos 11/12 anos recebi um convite para jogar futebol 11, mas a minha mãe não me autorizou, dizia ser cedo demais para iniciar a competição. Pratiquei canoagem federada, no entanto não me satisfazia como jogar à bola. Aos 13 anos recebi um convite para participar na Taça Coca-Cola, onde uma das pessoas da minha equipa já jogava futsal. Convidou-me para ir treinar à sua equipa (Académica) e foi aí que a minha ligação ao futsal começou. A Ester Almeida, atualmente guarda-redes da Académica, é a culpada disto tudo [risos]. Depois de estar nessa equipa, ainda tive um período de paragem, durante a qual experimentei ténis (AAC), hóquei em patins (AAC) e voleibol (AAC), no entanto continuava a não ser o desporto que queria praticar de forma competitiva. Voltei ao futsal dois anos depois, tinha 17 anos, e desde aí nunca mais parei.

Representas o Ourentã na 1ª Divisão, no Santa Clara têm uma belíssima temporada e depois és campeã na Venda da Luísa que representas também no Nacional. Feliz com este percurso?
Sim, sem dúvida feliz com o percurso. Tive várias experiências totalmente diferentes ao longo do meu percurso, plantéis melhores, outros com menor qualidade, treinadores que admirava mais e outros menos, mais conquistas, menos conquistas, no entanto, é certo que tudo contribuiu para quem sou hoje no futsal, tudo foi importante. A 1ª Divisão sempre foi o patamar no qual mais gosto de trabalhar e é aí onde está o meu foco. Sempre que surgem oportunidades, agarro-as.

Como se proporciona a vinda para a Academia?
A vinda para a Academia surge do convite do meu treinador Arlindo Matos, pela necessidade de jogadoras para reforçar o plantel da equipa, valores competitivos e fora de competição corretos, juntamente com a minha saída da ARCD Venda da Luísa e curiosamente a presença da Lara Machado na Academia, antiga diretora desportiva da Venda da Luísa. Tudo se proporcionou para que aceitasse o convite e me juntasse à família Academia.

A cumprir a terceira época, o que representa a Academia para ti?
A minha primeira premissa quando foi feito o convite para fazer parte da Academia foi ganhar o campeonato. Não se concretizou no primeiro ano, no segundo ano estivemos muito perto, este ano conseguimos e, para mim, esta terceira época é uma missão cumprida na Academia. Já é uma família, sem dúvida, e é muito mais do que futsal. Alex, Ana Maria Paiva, Ana Raquel, Carolina, Ema, Juca, Sabrina, Xana, coloquei por ordem alfabética, porque não tem ordem, são as guerreiras, companheiras e amigas, que nunca abandonaram o barco. Arlindo Matos, Sara Fatia, Lara Machado, Paulo Silva, Pedro Fafiães, Hugo Mariano, João Oliveira, Ricardo Santos os nossos grandes suportes. Fazem todos parte da minha família Academia. A Academia é uma segunda casa, onde há amor, alegria, diversão, mas onde também há equipa, solidariedade, exigência e critério, sacrifício e respeito.

Quem é a Raquel Mota fora do futsal?
Uma pessoa cheia de sonhos, ambições e objetivos.

Quem são as tuas referências no futsal?
No feminino, a Inês Fernandes, sem dúvida uma referência a todos os níveis, e a minha treinadora, Sara Fatia, não poderia deixar de ser, logicamente! [risos]


Clubes representados:
Académica (2008/09), GD Almas (2011/12, 2012/13), SC Ribeirense (2013/14), CD Ourentã (2014/15, 2015/16), CF Santa Clara (2015/16), ARCD Venda da Luísa (2016/17, 2017/18), NSC/Academia (2018/19 e 2019/20) e Academia Condeixa (2020/21).

Palmarés
Vencedora da Taça de Encerramento AFC - Almas 2011/2012;
Vencedora da Taça de Honra da AFC - Ourentã 2015/2016;
Vencedora da Taça AFC - Santa Clara 2015/2016;
Vencedora da Supertaça AFC - Santa Clara 2015/2016;
Campeã Distrital - Venda da Luísa 2016/2017;
Vencedora da Supertaça AFC - Venda da Luísa 2016/2017;
Subida à 1ª Divisão Nacional - Venda da Luísa 2016/2017;
Vencedora da Taça de Honra da AFC - Venda da Luísa 2017/2018;
Vencedora da Taça de Encerramento - NSC/Academia 2018/2019;
Campeã Distrital - Academia Condeixa 2020/2021.



domingo, 16 de maio de 2021

“Conseguir ajudar a equipa a ganhar é sempre um sentimento magnífico”

Alexandra Coelho apontou o primeiro golo oficial da história da Academia de Desportos de Condeixa diante do Núcleo SCP Castelo Branco, faturou em todos os quatro encontros oficiais realizados e diante do Domus Nostra fez uma “manita” ao marcar 5 dos 10 golos da nossa equipa.

A Academia estreou-se oficialmente com uma vitória na Taça de Portugal. O que recorda do jogo?

Foi uma estreia excelente, nada melhor do que começar com uma vitória. Não foi o nosso jogo mais intenso, também devido à falta de algumas jogadoras, mas foi bastante emotivo, com imensas oportunidades de golo. Alcançámos o nosso primeiro objectivo que era passar à segunda eliminatória da Taça de Portugal. Ao longo da partida mantivemos uma equipa unida e com garra. Obviamente tivemos aspetos positivos e outros menos positivos, visto que estivemos tantos meses sem um jogo oficial. 

Foi uma sensação especial marcar o primeiro golo oficial da Academia?

Sim, claramente foi muito especial marcar o primeiro golo oficial da Academia, ajudar num dos objetivos da equipa, e assim ficar na história do clube. No entanto, foi fruto de uma jogada coletiva que, para mim, é o mais importante. 

Alexandra Coelho em ação no jogo Academia-Núcleo SCP Castelo Branco

Entretanto eliminaram o Serpinense e a Taça de Portugal parou... Qual o sentimento que fica?

Apesar de ter sido um capítulo do nosso percurso que ficou incompleto, naturalmente que fica o sentimento de objetivo até então cumprido, visto que conquistámos as duas vitórias nos dois únicos jogos que realizámos.  

Depois de muito tempo de espera, começou o Torneio de Apuramento para a Taça Nacional. Como sentiu a equipa antes da prova?

Evidentemente que o nervosismo esteve presente no interior de cada uma de nós, pois ao fim de alguns meses tivemos finalmente o prazer de voltarmos a fazer aquilo que tanto gostamos, mas tentámos ao máximo unirmo-nos e não transparecer tal ansiedade para não afetar o nosso modelo de jogo.

Dois jogos e duas vitórias dão um saldo bem positivo. Feliz?

Obviamente, não podia estar mais orgulhosa. Numa fase inicial, tivemos alguma dificuldade em voltar ao ritmo de jogo depois de tanto tempo paradas. Foram dois jogos muito cansativos a nível físico, mas rapidamente fomos sujeitas a desenvolver um padrão de jogo com mais andamento, na qual a força de vontade do grupo superou todas as dificuldades e assim conseguimos sempre manter o foco no nosso objetivo.

Na última partida, marcou 5 dos 10 golos da equipa. Já tinha marcado alguma vez uma “manita” num jogo oficial. Qual o sentimento que fica?

Já fiz uma “manita” no ano passado pelo Núcleo SCP Condeixa para o campeonato contra o Serpinense. Conseguir ajudar a equipa a ganhar é sempre um sentimento magnífico, não importa quantos golos marque, para mim o essencial é a conquista coletiva. 

Conta-nos um pouco do teu trajecto na modalidade.

Desde sempre tive esta paixão. Recordo perfeitamente de passar tardes inteiras a jogar à bola no pátio de minha casa com o meu pai e até mesmo sozinha. Comecei a jogar futsal na equipa da minha antiga escola, em Vilarinho do Bairro (Anadia). Mais tarde, integrei-me na equipa mista do Luso. Foi uma experiência nova que me permitiu crescer e ter uma visão e atitude de jogo completamente diferente, mesmo sendo uma criança. No ano seguinte, fizeram uma equipa feminina, na qual, com 16 anos tive a minha primeira experiência de jogar no campeonato sénior de Aveiro. Apesar dos resultados não terem sido os melhores, sinto que foi uma fase de aprendizagem e de grande evolução pessoal. No meu segundo ano a jogar por este clube fui convocada para a seleção distrital de Aveiro, o que me fez sentir incrivelmente lisonjeada e mais confiante das minhas capacidades por ver o meu trabalho e dedicação reconhecidos. E não podia ter corrido de melhor forma. Ficámos em primeiro lugar, ganhámos os três jogos contra as seleções distritais de Coimbra, Portalegre e Guarda.

Seguiu-se o distrito de Coimbra...

Na época seguinte, rendi-me a Coimbra e obviamente a minha paixão não ficou de parte. Juntei-me ao Santa Clara no que resultou numa época inicialmente vitoriosa, mas que ao longo do tempo foi regredindo. Senti que precisava de um desafio maior, e quase por magia, o meu “desejo” foi ouvido. Recebi a proposta do professor Arlindo Matos, para me juntar ao Núcleo Sportinguista de Condeixa. Foi uma mudança enorme para mim e uma época que nunca vou esquecer. Sinto que evolui imenso, não só com tudo o que o Arlindo e a Sara Fatia me ensinaram, mas também com a ajuda de toda a equipa. Tivemos uma época exigente, na qual conseguimos o 2.º lugar no campeonato distrital e o 1.º lugar no campeonato júnior. Atualmente, estou neste projeto novo da Academia de Desportos de Condeixa onde mantive os meus objetivos pessoais e coletivos. Desejo, e farei o que puder, para os alcançar. Que seja uma época repleta de alegrias e conquistas.

Qual o sonho que tem no futsal?

O sonho já o estou a viver. Efetivamente, tenho objetivo de chegar o mais longe possível, como ser chamada à seleção e jogar a nível nacional. Sei que tenho qualidade para tal e até lá é continuar a trabalhar todos os dias para ser cada vez melhor. Neste momento, o essencial para mim é divertir-me e continuar a ser feliz a fazer aquilo que mais gosto, que é jogar futsal.

Como estão a correr os estudos? 

Presentemente, encontro-me no segundo ano de Design e Multimédia na Universidade de Coimbra. Escolhi este curso porque achava que me ia identificar imenso com ele, o que mais tarde veio a comprovar-se. Gosto mais e permite-me desenvolver, aprender e evoluir em diversas áreas, desde o design até à programação. Felizmente, está a correr bem, umas cadeiras mais exigentes e trabalhosas do que outras, mas tento sempre esforçar-me ao máximo para mais tarde vir a ser recompensada e sentir-me satisfeita com a minha dedicação.

Integra a equipa universitária da Académica. Qual é a expectativa para os Campeonatos Nacionais Universitários?

Já tinha integrado a equipa universitária na época passada, mas infelizmente a competição foi cancelada devido à pandemia. Este ano o objectivo, claramente, é vencer cada jogo e, a nível pessoal, evoluir cada vez mais como jogadora.

Qual é a sua referência na modalidade?

Nunca tive uma referência no futsal, mas admiro imenso o trabalho esplêndido de grandes jogadores como o Robinho (Benfica), o Ferrão (Barcelona) e o Merlin (Sporting).

BI

Nome: Alexandra Maia de Almeida Coelho

Idade: 20 anos (22 de Janeiro de 2001)

Naturalidade: Pedralva (Anadia)

Posição: Ala

Clubes: Vilarinho Bairro, Luso, Santa Clara, NS Condeixa e Academia Condeixa

 

quinta-feira, 29 de abril de 2021

“Uma sede era algo que gostaríamos muito de receber como prenda”


 Qual o balanço que faz do primeiro ano de Academia?

Atendendo a todas as condicionantes que a pandemia nos trouxe, podemos fazer um balanço positivo. A cada retoma dos treinos, mostramos que a Academia está bem viva. Prova disso foi o regresso de todos os atletas com grande desejo de voltar a praticar o seu desporto de eleição, o futsal.

Que prenda gostava a Academia de receber?

Neste momento, um dos grandes objectivos da Academia passa por encontrar o seu espaço, aquela que será a nossa sede. Gostaríamos que isso acontecesse até ao início da próxima época. Por isso, se fosse algo que se pudesse pedir, uma sede era algo que gostaríamos muito de receber como prenda.

O projecto teve o apoio que esperava?

Num ano tão difícil como este, não poderia deixar de agradecer, em primeiro lugar, a toda a estrutura da Academia, bem como a todos os nossos parceiros e patrocinadores que, apesar de todas as dificuldades que se têm verificado, mantiveram a sua confiança no projecto. Um agradecimento especial também à Câmara Municipal de Condeixa e à União de Freguesias de Condeixa pelo apoio e preocupação na continuidade de um projecto de formação desportiva bem enraizado no concelho e que conta com mais de uma centena de jovens praticantes. Aos pais, agradecer o incentivo e motivação que sempre nos passaram, com grande espírito de força e coragem, que são fundamentais para o sucesso da Academia.

Apesar da data festiva, não há festa?

A festa não será a que todos desejamos. Não vamos deixar de assinalar esta data que é tão importante na vida desta Academia, mas não haverá, nem poderia haver, uma comemoração colectiva, uma vez que os tempos actuais ainda não o permitem. Teremos certamente oportunidade para reunir esta nossa família.

O que têm planeado?

Iremos assinalar o dia nas nossas redes sociais com algumas surpresas, sendo que a maior passa por apresentar a nossa mascote, o “Gingas”, dando seguimento ao nosso plano de comunicação e imagem e mantendo a Academia num eixo de comunicação aproximado aos clubes da Liga de futebol que apostaram forte na imagem através da sua mascote. O “Gingas” passou do papel à realidade e vai ajudar a divulgar da melhor forma a nossa imagem, os nossos parceiros e a vila de Condeixa. Se há clubes profissionais de futebol orgulhosos da sua mascote, também nós temos a nossa raposa, algo que no futsal muito poucos ainda apostaram, pelo que estamos felizes com esta aposta que podendo não ser inédita na modalidade, é muito rara.

Além do futsal, podem aparecer neste segundo ano novas secções desportivas?

A criação de novas secções desportivas poderá estar no horizonte da Academia, proporcionando assim mais algumas ofertas desportivas à população condeixense. E esta ideia não abarca só o desporto federado, mas também terá como base o desporto para todos, promovendo desta forma hábitos de vida saudável.




terça-feira, 13 de abril de 2021

“Cantar o hino juntamente com mais 2.000 pessoas é um sentimento indescritível”

Sara Fatia foi internacional (bisou no jogo de estreia), disputou um Campeonato do Mundo e um Mundial Universitário. Foi campeã nacional, ganhou todas as provas nos distritos de Coimbra e Aveiro. Colocou um “ponto final” numa carreira de amplo sucesso e agora começa o seu caminho como treinadora. Embaixadora da Academia desde 2014, pertence, há duas épocas, ao corpo técnico da equipa feminina. Sara Fatia é uma referência no seio do projecto Acreditar no Futsal e dinamiza, a par de Marlene Laundos, o projecto de sucesso “Duas de Letra”

Já tem saudades de jogar?

Curiosamente não. Só pontualmente, quando não consigo que as atletas façam o que estou a pedir ou não estou a transmitir bem a mensagem é que me apetece saltar para dentro da quadra e explicar na prática.

Qual a maior dificuldade que sentiu quando resolveu colocar um ponto final na carreira?

Para falar a verdade não senti dificuldade nenhuma. Foi uma decisão ponderada e estava bastante claro na minha cabeça que o queria fazer.

Quanto brincava com os amigos, sonhava trilhar a carreira que veio a fazer?

Não. Na realidade nunca pensei que pudesse ter a carreira que tive. Temos sempre aqueles sonhos de miúdos em que queremos ser como alguns dos nossos ídolos. Mas sempre tive uma perceção de que era um hobbie que eu levava muito a sério.

Campeã nacional pelo Novasemente em 2014/2015

Gostava de ter sido profissional de futsal?

Claro que sim. Sendo uma apaixonada pela modalidade claro que gostaria de ter tido a oportunidade de respirar futsal 24 horas por dia. Se isso teria tido influência na minha carreira? Talvez apenas a nível de performance individual porque o empenho, a dedicação, o compromisso e a mentalidade competitiva que sempre tive não se iriam alterar.

Como se sentiu ao jogar ao lado (e contra) as melhores do país e do mundo?

Pequenina e ao mesmo tempo afortunada. Numa hora estás a ver vídeos no Youtube de algumas atletas e na outra estás a jogar ao lado e contra elas. No início, estranhamos um pouco que aquele momento seja realidade, temos aquele friozinho na barriga de nervosismo, mas quando a bola começa a rolar tudo desaparece e só queremos dar o nosso melhor.

Campeonato do Mundo (Oliveira de Azeméis 2012)

Estreia-se na selecção na Rússia e com dois golos. Recorda este dia muitas vezes?

Foi surreal. Nem nos meus maiores sonhos poderia imaginar uma estreia assim. Lembro-me perfeitamente de todos os pormenores desse dia, tenho inclusivamente o resumo desse jogo guardado religiosamente. Além de ser a minha estreia com a camisola da seleção, os astros alinharam-se para que na primeira vez que toco na bola, marcasse golo, fazendo com que nem eu própria quisesse acreditar no que estava a acontecer.

Qual a melhor recordação que tem do Mundial em Oliveira de Azeméis e do Mundial Universitário em Braga?

Tendo ambos sido realizados em Portugal, o que melhor recordo é o público. Pavilhões completamente a abarrotar e com uma atmosfera eletrizante. Cantar o hino juntamente com mais 2.000 pessoas é um sentimento indescritível.

De que forma considera importante a vertente universitária na evolução das atletas?

É a minha opinião muito pessoal de que todas as atletas deveriam passar por uma experiência universitária. Ajuda-nos a relativizar um pouco as coisas, o desporto, a modalidade e a vida no geral, defendemos uma instituição em competições normalmente curtas mas que são marcantes na nossa identidade enquanto atletas e cidadãos. É mais um momento competitivo que nos ajuda a crescer e a evoluir. Criamos um sentimento de pertença em conjunto com os nossos pares e que fica para todo o sempre impresso no nosso ADN.

Foi campeã nacional, venceu tudo a nível distrital em Coimbra e Aveiro. Ficou algo por conquistar?

Inevitavelmente que terei que referir a final da Taça de Portugal que perdi no último segundo em Sines em 2015. A Taça de Portugal é uma prova especial, carinhosamente de tratada como a prova rainha e sendo uma prova composta por eliminatórias é muito difícil chegar à final. Tendo lá chegado e tendo perdido daquela forma foi duro, mas foi também uma aprendizagem enorme.

 Teve alguma jogadora como referência enquanto atleta?

Gostava muito da Sofia Vieira e da brasileira Ju Delgado.

 Melhor jogo e melhor golo que marcou?

Melhor jogo não sei se foi, mas é com toda a certeza o jogo que me ficou na memória até hoje. Vilaverdense-Golpilheira para a Taça Nacional em 2011/2012, curiosamente no meu dia de aniversário. Marquei quatro golos nesse jogo dos quais três foram de livre de 10 metros. Golos não tenho nenhum que mereça destaque, são todos fantásticos desde que a equipa ganhe. Se a equipa não ganhar só alimentam o ego, não mais do que isso e passam a ser irrelevantes.

É, desde 2014, Embaixadora da Academia de Condeixa. Deixou-a orgulha o reconhecimento de um clube de fora do seu concelho de residência?

O primeiro impacto foi de surpresa, porque era algo com o qual não contava. Depois veio o orgulho e a responsabilidade de ser a cara de uma instituição pela qual nutria tanto carinho, composta por pessoas fantásticas e que sempre me acompanharam e esse é o maior prémio que podemos levar da carreira.

Encontro Ibérico (Mira, 2016)

Por curiosidade, foi capitã e homenageada no primeiro jogo realizado pela Academia, num Encontro Ibérico em Mira e actualmente integra os quadros técnicos. Uma relação feliz?

Muito feliz. Uma relação duradoura e que me preenche. Acompanho a Academia desde a sua génese e é com muito orgulho e dedicação que recebi o convite para fazer parte dos quadros técnicos. Ainda há muito para crescer e para evoluir. Crescemos juntos.

Até onde sonha chegar como treinadora?

Sonho chegar ao topo dos topos do futsal feminino. Gostava de fazer do futsal a minha vida profissional, mas tenho plena noção de que é um sonho difícil. Mas não impossível. Tenho os pés bem assentes na terra, sei que é apenas o meu segundo ano como treinadora e tenho muito ainda para aprender e evoluir.

Num ano atípico, em 2019/20, o NSC/Academia foi bicampeão de juniores femininos, vice-campeão da Divisão de Honra e finalista da Taça AFC. Balanço positivo?

Claramente positivo. Renovámos o título de campeãs distritais nas juniores e estivemos em todos os momentos de decisão nas seniores. Mesmo não tendo ganho foi extremamente importante para o crescimento das atletas e do clube.

Academia 2020/2021

Como tem sido gerir o grupo esta época na qual a equipa tem duas vitórias na Taça de Portugal e tem estreia prevista para Maio?

Tem sido uma tarefa extremamente complicada. Não é fácil preparar uma época carregada de expetativas dados os resultados obtidos na época transata e depois ver constantemente o período competitivo adiado. Tentar manter o grupo unido e motivado para o que possivelmente virá tem sido um desafio hercúleo tanto para as atletas como para a equipa técnica.

Qual é a importância do Acreditar no Futsal para a si, em particular, e para a modalidade, em geral?

O Acreditar no Futsal tem um lugar muito especial no coração. É para mim um privilégio fazer parte desta família e há tantos anos e é com todo o gosto que colaboro e participo numa causa tão nobre, seja dentro ou fora da quadra. O Acreditar no Futsal já faz parte do calendário desportivo regional e nacional. É um dia especial em que independentemente do clube a que pertençam todos somos da mesma equipa e todos tentamos dar o nosso contributo em prol da causa da Acreditar.

 Sara Fatia homenageada na edição 2019 do Acreditar no Futsal

“Duas de Letra” é um projecto recente e com sucesso. Como surgiu a ideia e como tem sido o feedback dos amantes do futsal?

A ideia na realidade partiu da Marlene Laundos que me desafiou para ser “co-podcaster”. A ideia do projeto é ser um espaço de partilha descontraída entre amantes da modalidade. Contar histórias e falar sobre as nossas experiências pessoais de forma informal e divertida. O feedback tem sido positivo, o público tem aderido e tem gostado dos episódios.

 

BI

Nome: Sara Fatia

Data de Nascimento: 1 de Maio de 1987

Local: Figueira da Foz

Clubes: S. Tomé, Vilaverdense, Novasemente, Restauradores Avintenses, Louriçal e Ourentã

Palmarés

Internacionalizações: 8

Golos pela Selecção: 3

 

Futsal Federado

S. Tomé: Campeã Distrital Coimbra (2001/02), Taça Encerramento (2000/01, 2003/04 e 2005/06) e Taça AFC (2004/05 e 2008/09).

Vilaverdense: Campeã Distrital Coimbra (2010/11 e 2011/12) e Taça AFC (2010/11) e Supertaça Distrital (2010/11).

Novasemente: Campeã Distrital Aveiro (2012/13), Taça AF Aveiro (2012/13), Supertaça Distrital (2012/13), subida ao Campeonato Nacional Feminino (2012/13), finalista da Taça de Portugal (2014/15) e Campeã Nacional Feminina (2014/15)

Ourentã: Vice-campeã distrital (2017/18), Taça AFC (2017/18), Final 4 da Taça Nacional e subida ao Campeonato Nacional Feminino (2017/18).

Selecção Nacional: Medalha de Prata no III Mundial de Futsal Feminino (Oliveira Azeméis 2012) e 1º lugar do Torneio Internacional de Moscovo (Maio, 2012)

Futsal Universitário

Académica

Vice-campeã nacional universitária (2011 e 2013) e Campeã nacional universitária (2012 e 2014).

Medalha de prata no Europeu 2012 (Córdoba - Espanha) e Medalha de bronze nos Europeus de 2011 (Tampere - Finlândia) e 2014 (Roterdão - Holanda).

Melhor jogadora, melhor marcadora e 5 ideal do Europeu 2012 (Córdoba).

Melhor Atleta Feminina na Gala da FADU 2012.

Selecção Nacional: Medalha bronze no Mundial Universitário Braga 2012.

 Outros

- Disputou o I Campeonato Nacional de Futsal Feminino 2013/14 (Novasemente)

- Embaixadora da Academia de Futsal de Condeixa (4 de Julho de 2014)

terça-feira, 9 de março de 2021

"A Academia é, sem dúvida, um dos projetos mais aliciantes e gratificantes em que estive envolvido"


Como começou a sua ligação ao desporto?

A minha ligação ao desporto começou em primeiro lugar pelo gosto do desporto em geral. Mais diretamente às modalidades a que estou ligado, foi a prática desportiva no futebol. Iniciei nos minis do Leça Futebol Clube e desde aí fui passando pelos vários escalões. Tive uma interrupção de um ano nos juvenis, retomando no ano seguinte, mas já no Futebol Clube de Perafita com 3 anos na formação e mais 3 anos como sénior. Antes de vir estudar para Coimbra, ainda tive uma passagem fantástica de dois anos pelo futsal. O outro fator determinante para dar continuidade e consolidar a minha ligação ao desporto, foi o facto de me Licenciar em Educação Física que contribuiu de uma forma determinante, para ficar ligado ao desporto e ao treino desportivo.

Pedro Fafiães foi campeão nacional pela Eiquipetrol 

Foi campeão nacional por duas vezes. Recorde-nos esses títulos...

Fui campeão nacional da 2ª Divisão por duas vezes e finalista da Taça de Portugal. O primeiro título foi na época 1992/93 pela Eiquipetrol, uma equipa formada por muitos jogadores oriundos do futebol do Leixões, mas na qual tivemos o privilégio de ter como treinador o Fernando Teixeira que já estava ligado à modalidade há vários anos. Num campeonato muito disputado conseguimos no último jogo da fase final vencer ao Boavista e sagrarmo-nos campeões. Nesse mesmo ano, fomos também disputar a Final da Taça de Portugal no Pavilhão Municipal de Chaves, contra o Coimbrões que na altura, era campeão nacional da 1ª divisão. Infelizmente, perdemos 2-1. A segunda vez que fui campeão foi na Associação Académica de Coimbra na época 1996/97, num campeonato superdisputado na Fase Norte com os Atómicos, que permitiu a subida novamente da AAC à 1ª Divisão. No apuramento do Campeão Nacional vencemos o Sporting Clube da Penha. Um ano formado por um excelente grupo, com companheiros de muita qualidade e que muitos continuam ligados ao Futsal ou ao Futebol com enorme sucesso desportivo.

Académica 1996/1997 conquistou o título Nacional da 2ª Divisão

Tem um percurso delineado entre futebol e futsal. São duas paixões?

Sim sem dúvida. São duas modalidades a que estive ligado, e que me permitiram ter conseguido atingir títulos em ambas. Acrescentar às já referidas no futsal, realço a participação no campeonato da 1ª Divisão pelo Real da Conchada. No futebol, disputei duas fases finais da subida aos nacionais nos juniores do FC Perafita, e posteriormente, quando já estava Coimbra, representava o GD Mealhada quando subimos à 3ª Divisão nacional e vencemos a Taça da AF Aveiro, única no clube. Ainda vivi todas estas excelentes experiências que permitiram que aprendesse e evoluísse no conhecimento do jogo de ambas as modalidades e na experiência competitiva. No aspeto social, por todos os clubes que passei, tive o privilégio de partilhar excelentes momentos com grandes amigos.

Traquinas da Academia em Dezembro de 2011

O que representa a Academia para si sendo um dos fundadores do projecto?

Escrever o que a Academia representa não é fácil. O que eu posso para já afirmar é que a Academia é, sem dúvida, um dos projetos mais aliciantes e gratificantes em que estive envolvido. Em primeiro, por ser formado por um grupo de amigos com ideias em comum sobre a formação desportiva e pela cumplicidade no trabalho, que permitiu desenvolvermos este projeto ao longo destes 10 anos. As ideias, os objetivos e os princípios orientadores fundamentais que foram definidos e que defendemos na formação, desde o início do projeto, nunca foram alterado na sua essência. Procurando sempre uma avaliação constante, correção e implementação de metodologias e estratégias nas atividades a desenvolver. Em segundo, verificar a evolução no número de atletas ao longo destes anos e principalmente a sua fidelização. Temos atletas que nos têm acompanhado desde o início fundação da Academia. É sinal do reconhecimento do trabalho desenvolvido por todos os intervenientes neste processo. E claro que não poderia deixar de salientar e agradecer, o papel fundamental dos encarregados de educação na colaboração e na confiança que depositaram neste projeto.

Academia no Campus Internacional em Santiago de Compostela (2017)

Já treinou vários escalões, o que mais o agrada entre a diferença do que é liderar traquinas e benjamins ou os juniores?

O que mais me agrada em treinar estes dois escalões tão distintos é o grau de exigência pedagógica que temos de ter em nos adaptarmos aos objetivos de cada escalão. Nos escalões de traquinas e benjamins cativa-me aquilo que é a pureza do desporto, nos quais o processo pedagógico das aprendizagens é fundamental. Ver os atletas a melhorarem as suas aprendizagens, divertirem-se dentro da responsabilidade que lhe é pedida e sentirem-se motivados para a prática da modalidade é o mais gratificante nestes escalões. E sendo um trabalho realizado com cuidado e ponderado, permitirá que os atletas pratiquem esta modalidade durante anos. Nos juniores, e como é natural, temos que reajustar para aquilo que é o nível competitivo. Estando a aprendizagem também presente, o resultado desportivo assume um papel preponderante, o que nos obriga a perceber e a evoluir o nosso conhecimento em relação à complexidade do jogo. E claro,  no domínio social tudo se torna diferente na sua gestão, mas é sempre gratificante.

Nestas duas épocas está com a equipa de júnior. Neste escalão em específico, como sentiu o grupo quando a época foi cancelada em Março de 2020?

O grupo que tinha terminado a primeira fase da época 2019/20, estava em crescimento e com a expectativa de realizar a taça de encerramento com qualidade. A interrupção da época devido ao plano de contingência, deixou a sensação de que algo ficou por concluir. Mas felizmente os atletas compreenderam essa contingência e resultado disso, foi a presença de todos no início desta época desportiva.

Pedro Fafiães lidera os juniores da Academia desde 2018/2019

Apesar de uma curta retoma condicionada no início da época, os treinos voltaram a parar e não se conhece que venha a haver competição. Quais os efeitos que esta situação pode ter nos mais jovens?

Não é um processo fácil de gerir para os jovens, pela falta da competição e principalmente neste momento, pela indefinição de quando retomará. A expectativa que esta situação nos coloca, é que se torna no ponto muito sensível e a ter em atenção num futuro imediato. No entanto, pensando de uma forma positiva, julgo que sendo uma situação transversal a outras atividades e a necessidade permanente dos jovens terem atividades extracurriculares nos escalões mais baixos e nos mais velhos a sensação de algo ficou por concluir em termos desportivos, leva a que se vá normalizando aos poucos o regresso dos atletas aos treinos. Poderá verificar-se alguma oscilação, talvez nos escalões de juniores devido aos interesses paralelos, académicos e sociais que surgem nesta faixa etária. Em relação à Academia, e pelo contato permanente que realizamos com os atletas, pensamos que essa situação não se coloca. No entanto, temos a consciência que tudo vai normalizar de uma forma gradual e sempre relacionado com a evolução da situação pandémica, que é essencial para transmitir maior confiança aos pais e atletas, para estes retomarem.

Como professor, sente que a questão psicológica dos alunos foi afetada?

Sim não tenho dúvida. A sociabilização que a escola e os treinos proporcionam são fundamentais para o equilíbrio psicológico. Toda as dinâmicas sociais de relações presenciais nestas idades são muito importantes para o crescimento global dos alunos.  Com a experiência que tenho vivenciado e pelo que eles me têm referido, a expectativa de regressarem à escola e à atividade física é algo que sentem muita falta para se voltarem a relacionar com os seus pares/amigos.

Quais as metas definidas pela Academia para o escalão júnior?

A meta definida para o escalão nesta época é a passagem à Taça Nacional. Mas devido a esta situação que estamos a viver, julgo que tudo se alterou. Em paralelo com este objetivo, é proporcionar a estes atletas a motivação para continuarem a desenvolver os seu trabalho e prepará-los para a transição do escalão de juniores para o de seniores, que para a próxima época é um dos objetivos da Academia. Não podia deixar de realçar o empenho e a dedicação que este grupo demonstrou durante os treinos realizados, mesmo sem competição. É com muito orgulho que faço parte desta equipa de jovens e por essa razão fico com a sensação de que algo ficou por realizar. Fica o meu desejo de que tudo normalize o mais rapidamente possível, para voltarmos a realizar o que mais gostamos de fazer.

BI

Nome: José Pedro Pereira Fafiães

Idade: 53 anos

Data de Nascimento: 04/02/1968

Localidade: Matosinhos


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Nunca tive grandes dificuldades em conciliar estudos e futsal pois sempre tive a noção que as duas coisas são importantes




O que representa para ti a Academia?

A Academia, na minha opinião, não é apenas um clube que partilha da mesma paixão que eu, é um projeto que tem por base a formação de atletas, não só enquanto jogadores de futsal mas também enquanto cidadãos devido aos ensinamentos e valores transmitidos. Desde início e até aos dias de hoje, onde passaram muitos e bons anos, senti que houve um crescimento e evolução da minha parte, tal como do projeto Academia no geral, e por isso, sou muito grato a esta instituição, não há como negar. Aqui vivi grandes momentos, pude aprender um pouco de tudo e, além disso, o ter chegado a patamares onde sinceramente nunca pensei chegar, é em parte, responsabilidade do clube e de todos os envolvidos, o que me faz considerar a Academia uma segunda família.

Qual a melhor recordação que tens do teu início na Academia?

Na altura, sendo a primeira vez que me estava a integrar numa equipa e num desporto, pelo facto de até então nunca ter praticado nenhuma outra modalidade ou mesmo futebol, podia sentir alguma insegurança perante um novo desafio, ou seja, a maneira como me iria adaptar seria um fator determinante. Como disse anteriormente, fui bem recebido e acarinhado por todos, equipa, treinadores e todos os responsáveis pela Academia, e isso, considero que é a melhor recordação desse meu começo pois foi preponderante nessa adaptação que funcionou como base para a minha evolução.

Quais os momentos que ficam na memória, quer pela positiva quer pela negativa?

Durante este trajeto recordo vários momentos, uns negativos porque a meu ver devem ser encarados como exercícios de aprendizagem para que no futuro possamos melhorar, e claro, momentos positivos pela felicidade que nos causam ao relembrá-los. Daqueles mais difíceis, que no entanto são poucos, destaco pela importância que teve, um jogo, na final da supertaça da época 2017/18, em que a poucos segundos do final me foi encarregue a marcação de um livre de 10 metros que poderia dar o empate. Infelizmente não concretizei essa oportunidade em golo e acabámos por perder, mas como referi, é uma lição que levo para a vida. Nessa mesma época, e referindo-me agora aos pontos positivos, não podia deixar de realçar a conquista do tão desejado campeonato que foi sinónimo de uma enorme crença, ambição e trabalho de toda a equipa durante essa época e que resultou, para além dessa conquista, numa participação na Taça Nacional, momento marcante para qualquer jogador e que ajudou também a elevar o nome da Academia. Para finalizar, e porque acho que foi memorável não só a nível pessoal mas também para todo o clube, saliento as viagens a Espanha que, sem dúvida, foram experiências únicas e também importantes, sobretudo porque foram momentos que promoviam a união da família Academia.

Ser um dos capitães da Academia é responsabilidade acrescida?

Certamente que sim. Ser capitão vai muito para além de usar uma braçadeira ou ter o privilégio de levantar uma taça. Ser capitão faz de nós o exemplo a seguir, alguém que tem de ser capaz de liderar o balneário e manter a união entre todos, sobretudo nos momentos menos bons. Como é óbvio não é uma tarefa fácil, implica saber lidar constantemente com um grupo de trabalho composto por pessoas com diversas personalidades, inclusive algumas que não são compatíveis com a nossa, mas há que respeitar para ser respeitado, pois só assim iremos promover o bom funcionamento dentro da equipa. Por outro lado, e a meu ver, ser capitão deve ser considerado um motivo de orgulho dado que é um sinal de que o clube confia em nós e no nosso trabalho, por isso mesmo, é importante manter o foco, a postura e sermos nós próprios.

Foste chamado aos trabalhos das seleções de Coimbra. Qual o sentimento que fica representar o distrito?

Representar a seleção é um grande privilégio e é sempre algo especial, não só por estar a representar a nossa cidade, o que acarreta responsabilidades acrescidas, mas também porque nos possibilita partilhar a quadra com os melhores, pondo de parte qualquer rivalidade. Considero muito importante para o crescimento de qualquer atleta e, portanto, a satisfação quando se é chamado é enorme, é a demonstração de que o trabalho que estamos a desenvolver é muito positivo, ainda para mais, quando é algo que se torna repetitivo, o que nos dá ainda mais confiança e motivação para o futuro.

Qual foi o momento alto?

Nestes 4 anos em que tive a oportunidade de representar a seleção, é difícil de definir um ponto alto pois, num contexto destes, procuramos sempre usufruir ao máximo de todos os momentos ficando na memória muitos deles. Mas desses que guardo, pelo facto de ser um sinónimo de empenho, evolução constante e de objetivo cumprido, destaco o meu terceiro ano, em que todos unidos alcançamos o pleno de vitórias no torneio, e também, posteriormente, no ano a seguir, o momento em que tive o prazer de envergar a braçadeira de capitão e ter a honra de poder liderar uma equipa recheada de talentos.

Como tem sido conjugar futsal e estudos?

Felizmente, até aos dias de hoje, nunca tive grandes dificuldades em conciliar estudos e futsal pois sempre tive a noção que as duas coisas são importantes, a escola porque está diretamente relacionada com o nosso futuro e com aquilo que queremos dele, enquanto que o futsal  é o que mais gostamos de fazer, é a paixão que nos move e nos faz sentir felizes, por esse motivo, penso que não há razão para prescindir de uma delas por causa da outra, excetuando um caso pontual como é normal. Estou no 12.º ano - Curso de Ciências, e posso afirmar que o sucesso em ambas as áreas está muito dependente do saber ou não interligar estes dois aspetos essenciais na nossa vida.

Profissionalmente o que idealizas fazer?

Primeiro gostaria de entrar num curso relacionado com a área da saúde para depois, futuramente, exercer uma profissão dentro destes moldes. Incorporado neste setor, o que mais me chama a atenção é fisioterapia, que considero até como primeira opção, mas tenho a consciência de que às vezes as coisas não correm como queremos e, por isso, estou preparado para, eventualmente, ter de seguir outros caminhos.

Que objetivo queres cumprir no futsal?

Qualquer jogador de futsal, para além de querer praticar esta modalidade por muito tempo, tem como objetivo jogar ao mais alto nível e, quando digo isto, refiro-me a campeonatos como a Liga Placard. Eu, enquanto atleta, não fujo à regra e claramente gostava de chegar a esses patamares e poder enfrentar jogadores de enorme qualidade, seria uma experiência incrível e certamente iria aprender e evoluir ainda mais. Sei que, como tudo, não será fácil, mas acredito que com humildade, muito trabalho e gosto pelo que faço, poderei chegar onde pretendo. 

BI

Nome: Rafael Filipe Campos Natário

Data de nascimento: 01/01/2003

Idade: 18 anos.

Ano escolar: 12º Ano