Academia Futsal Condeixa

sábado, 2 de janeiro de 2021

“O foco parte de cada uma de nós: temos de trabalhar e dar o máximo”

Como avalia este início de época?

Apesar das circunstâncias em que vivemos e de nos encontrarmos numa época atípica, este recomeço de época foi positivo e de encontro aos nossos objetivos coletivos. Devido a esta situação de pandemia a competição foi obrigada a abrandar o que não nos permitiu manter a consistência que pretendíamos. Como todos os anos, renova-se a ambição e a dedicação juntamente com a vontade de chegar o mais longe possível em todas as competições que nos permitirem participar.

Dois jogos realizados na Taça de Portugal e duas vitórias. Qual é o balanço que faz?

O nosso principal objetivo nesta que é a competição mais exigente a nível nacional, mantém-se de época para época: ganhar com a melhor qualidade possível e ir passando cada eliminatória. Nestes dois únicos jogos que realizámos esse objetivo foi cumprido e passámos à 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Obviamente, que mesmo saciando a vontade de triunfar fica sempre a sensação que poderíamos ter feito mais, mas isso também nos permite limar e decifrar cada em momento de jogo o que podemos e devemos melhorar.

O que fazem para manter o foco no treino, quando tiveram apenas dois jogos ainda que ambos a eliminar?

O foco parte de cada uma de nós: temos de trabalhar e dar o máximo independentemente da incerteza das competições desta época. A equipa técnica também tem um papel imprescindível, principalmente nesta fase e transmite-nos uma motivação extra. Esta paixão é o que nos move e nos eleva quando lá fora as adversidades do quotidiano nos encaminham para uma realidade mais dura.

Vem aí o campeonato. Qual é a meta definida?

O campeonato que se aproxima será só mais uma prova para mostrarmos o nosso trabalho e a entrega que temos tido desde o início da temporada. Efetivamente, a finalidade será materializar o nosso valor em cada jornada até conquistar o tão desejado título.

Pertence ao grupo de sub-capitãs. O que representa isso para si?

Naturalmente, fiquei surpreendida sendo uma atleta júnior, mas penso que é, principalmente, um voto de confiança enorme, assim como uma valorização e reconhecimento do meu esforço e devoção ao longo destes anos em que me encontro na Academia.

É a única atleta tricampeã na Academia, sendo que o conseguiu em dois escalões. Qual o sentimento que tem? É um sentimento de orgulho e dever cumprido. O meu primeiro título foi nos iniciados, numa época muito difícil a nível individual, uma vez que existia uma pequena discrepância no que toca a capacidade física visto que era a única atleta feminina. No entanto, foi uma época muito especial na qual aprendi imenso, maioritariamente com os meus treinadores. Lamentavelmente, foi a primeira e última grande conquista junto desses meus colegas. Relativamente ao Campeonato de Juniores Femininos, o primeiro ano teve um sabor especial, porque além de ser a estreia de uma competição a nível distrital, permitiu-me evoluir bastante pessoal e coletivamente. Na época passada, voltámos a atingir a excelência e a merecida vitória fruto de sacrifício e persistência por parte das nossas atletas.

Capitaneou a seleção distrital da Associação de Futebol Coimbra. Motivo de orgulho?

Orgulho é pouco para exprimir o sentimento que tenho quando penso na seleção distrital, não só por ter sido capitã, mas por tudo o que conseguimos atingir nesse torneio. Ao fim de três anos consecutivos a ser convocada e a representar a cidade de Coimbra, foi um prazer poder liderar, juntamente com os treinadores, esta equipa. Como atleta empenhada fica uma satisfação enorme em ver que tive um processo continuo de evolução até obter este privilégio. É sempre uma honra ser “líder” de uma equipa, mas numa seleção é uma emoção inexplicável, assim como vestir aquela camisola e poder partilhar campo com atletas que fora daquele contexto eram “rivais”. Ser capitã não me faz ser melhor que ninguém, mas sim ter um compromisso e responsabilidade acrescidos para com as minhas colegas.

Noutro âmbito tem integrado as últimas seleções Acreditar. O que representa a participação no torneio solidário?

No primeiro ano em que participei neste torneio solidário fiquei rendida à causa que representa. Nas últimas duas edições na qual integrei a Seleção Acreditar foi ainda mais marcante para mim como jogadora por ter tido a oportunidade de partilhar a quadra com atletas do mais alto nível, entre campeãs nacionais e campeãs olímpicas.

Nome: Ana Maria Santos Paiva

Idade: 17 anos

Data de nascimento: 26/07/2003

Local: Coimbra

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