Academia Futsal Condeixa

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Parabéns Portugal!

A Academia de Desportos de Condeixa felicita a Seleção Nacional que se sagrou Campeã da Europa há 3 anos, em Ljubljana, na Eslovénia. Aquela final contra a Espanha (vitória por 3-2), ficará para sempre na memória.



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10 fevereiro 2018 🇵🇹
🥳3 anos de campeões europeus 🥳
Parabéns Portugal!




sábado, 6 de fevereiro de 2021

Academia na imprensa



Diário de Coimbra (2 de Fevereiro) 

Diário de Coimbra (3 de Fevereiro)
- clique na imagem para ler o artigo online -

Diário As Beiras (4 de Fevereiro)
Diário As Beiras (5 de Fevereiro)

Diário de Coimbra (6 de Fevereiro)


terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

"Tornar a Academia numa referência a nível nacional, principalmente ao nível da formação"

 Como começou a sua ligação ao futsal?

A minha ligação ao futsal começa enquanto jogador por volta de 1991, ano em que comecei a participar nos torneios concelhios com os amigos de infância e, posteriormente, ao tornar-me federado. Joguei no Clube de Condeixa, na 3ª Divisão Nacional em 2001/2002, e depois no Clube Campizes, na Divisão de Honra em 2003/2004. Enquanto professor, estive ligado à modalidade através do Desporto Escolar em 1995/1996 e em 1999/2000. Finalmente, entro na carreira de treinador na temporada de 2004/2005, na qual iniciei um projeto incrível no CCR Bruscos.

Quais os pontos altos que realça nesse projecto do Bruscos?

Tantos. Estive ligado à criação da equipa sénior feminina (2004/2005), na qual começámos na 1ª Distrital AFC e subimos logo no primeiro ano à Divisão de Honra. Dois anos depois (2006/2007), deu-se o início da equipa sénior masculina. Subimos da 1ª Distrital à Divisão de Honra logo no primeiro ano e depois de nos dois anos seguintes lutarmos sempre pela subida ao Nacional, em 2009/2010 concretizou-se a ambicionada subida à 3ª Divisão Nacional através da conquista do título distrital. Ganhámos também a Taça AFC, fazendo a dobradinha. Foram seis anos fantásticos, de muito trabalho, confiança, perseverança, nos quais tive o privilégio de conhecer pessoas incríveis e no qual fui muito respeitado por direção e atletas. Aliás, muitas dessas pessoas são minhas amigas pessoais. 

Fale-nos um pouco do seu trajecto de treinador?

Já lá vão uns anos. São já 17. Estive 6 anos no CCR Bruscos, no qual alcançámos três subidas de divisão, um título distrital e uma Taça AFC. Estive ainda 8 anos na equipa universitária da Académica. Fomos duas vezes campeões nacionais e fomos três vezes vice-campeões nacionais. Neste período fui duas vezes nomeado para melhor treinador do ano nos Prémios FADU, fui eleito Treinador do Ano nos Prémios Salgado Zenha e disputámos cinco Campeonatos da Europa. Do meu percurso faz ainda parte um ano do CS Ribeira de Frades, na 3.ª Divisão, estive um ano na Académica como treinador-adjunto na Liga Sport Zone. Estou há seis anos nas seleções distritais de Coimbra, como treinador-adjunto e há três anos como formador dos cursos de treinadores da AF Coimbra e da AF Lisboa. Em 2011, estou no início do projecto da Academia de Futsal de Condeixa que este ano transitou para a Academia de Desportos de Condeixa.

Como referiu, esteve várias épocas ligado ao universitário. Uma experiência positiva?

Muito positiva, foi extraordinária, fantástica e que irei recordar para o resto da vida. Foram oito anos maravilhosos a estar de losango ao peito e a representar a grande e emblemática Académica. É uma experiência bem diferente do federado a todos os níveis, pelo número de treinos, o tipo de jogadores - idades, clubes, nacionalidades, divisões onde jogam -, grau de exigência do campeonato, desde as deslocações, estadias, conciliação dos treinos dos clubes/treinos do universitário, jogos dos clubes/jogos universitários. É uma tarefa muito complexa de gerir mas muito desafiante. Dá-me um orgulho enorme e sinto-me um privilegiado pelo facto de ter podido treinar/orientar jogadores que jogaram e jogaram ao mais alto nível do futsal nacional e que tão bem nos representam inclusive nas mais diferentes seleções nacionais.

Académica foi campeã nacional em 2008/09 e 2013/14

Como descreve a participação nos Campeonatos da Europa?

Indiscritível! É daquelas sensações que se vivem e por mais palavras que se procurem não é fácil de descrever. É viver dia e noite o futsal, é fazer uma vida de profissional naquele período, é passar os dias a preparar os jogos, ver jogos adversários, analisá-los até à exaustão e mostrar vídeos à nossa equipa, treinar, jogar e descansar. E assim sucessivamente até atingir a melhor classificação possível. É uma experiência fantástica. Jogar contra jogadores que são internacionais A pelos seus países e que os vimos posteriormente jogar por exemplo no Campeonato da Europa ou na UEFA Futsal Cup. E depois, para tornar as coisas ainda mais especiais, apareceram os resultados. Ficámos, das cincos participações que tivemos, quatro vezes nos oito melhores clubes da Europa. Das cincos participações - Montenegro, Finlândia, Holanda, Polónia e Croácia - recordo por dois motivos a participação de Montenegro: primeiro porque foi a primeira participação internacional e segundo porque fomos à meia-final e perdemos nos penáltis. Acabámos por ficar em 4º lugar e essa foi a nossa melhor classificação nos Europeus. 

No seu trajecto, qual o momento mais difícil?

Felizmente, no futsal, não tenho muitos momentos menos bons, mas dos dois ou três mais complicados destaco aquele que não teve um final feliz e foi a primeira vez que não consegui levar uma época/projeto até ao fim. Na época 2012/2013, no CS Ribeira de Frades, em que orientei a equipa de Setembro até meio de Fevereiro, mas devido a alguns problemas graves a nível pessoal, conjuntamente com alguns problemas internos - perda de alguns jogadores, muitas lesões e a não obtenção de resultados desportivos – ditou uma conjugação complicadíssima e não deu para continuar e penso que fiz o melhor para mim, para os meus jogadores e para o clube. Pedi à Direção para me deixar sair e depois de acordo mútuo foi isso que acabou por acontecer.

Seleções distritais de Coimbra

Que avaliação faz ao trabalho das seleções distritais nos últimos anos?

Até agora foram seis anos muito produtivos. Devo realçar o trabalho que temos feito, encabeçado pelo Tó Coelho e também com o Filipe Tenente, no qual temos formado uma boa equipa, tem-se evidenciado nos resultados obtidos e a nossa Associação, bem como a cidade de Coimbra têm ficado muito bem vistos em termos nacionais. Observámos muitos clubes e muitos atletas e no total já trabalhámos com cinco escalões diferentes: sub-20, sub-19, sub-17 - escalão no qual fomos vice-campeões nacionais -, sub-15 e sub-13. Temos jovens atletas muito bem formados e com um enorme potencial e prova disso são os resultados que vamos obtendo nos Torneios Inter-Associações e também nas chamadas regulares às seleções nacionais por parte de alguns deles. Com muita pena nossa, a época anterior não acabou da melhor forma, pois a seleção sub-15 não pôde competir uma vez que o TIA não se realizou devido à pandemia. Infelizmente, este ano também ainda não arrancou e penso que as três seleções que tínhamos em mente dificilmente irão entrar em ação. Vamos ter de aguardar para ver. 

É um dos treinadores fundadores da Academia. Em 2011, quando recebeu o convite, pensou ser possível este crescimento?

Bem, se me perguntassem há tantos anos atrás se era isto que eu desejava, eu diria que sim, mas se achava que era possível atingir este patamar, esta dimensão, esta referência em tão pouco tempo, aí eu diria que achava difícil. Sinto-me muito honrado em ser um dos treinadores/fundadores e revejo-me muito neste projeto. Mas continuo a exercer na área do treino/formação para outras entidades e felizmente isso sempre foi compatível e funcionou sem qualquer constrangimento. Agradeço imenso ao mentor deste grande projeto, o professor Arlindo Matos, o facto de me ter feito o convite e de me achar uma peça importante para o nascimento/desenvolvimento daquele que é o seu “filho” mais novo.

Academia de Futsal de Condeixa (6 de Novembro de 2011 em Casal Comba)
Nestes quase 10 anos, o que sobressai no projecto?

Tanta coisa boa. O número de atletas, o número de escalões, o número de equipas, a confiança dos pais, a formação pessoal/desportiva que se procura dia a dia, a credibilidade/competência das equipas técnicas e directivas, a organização da estrutura, a entreajuda global, a família, o feedback de outros jogadores, treinadores e clubes, enfim, tanta coisa positiva. Contudo, sem dúvida que aquilo que nos move, que move este projeto, que todos nós ambicionamos, é que os nossos atletas sejam felizes, cresçam de uma forma saudável e responsável e que tenham muito sucesso desportivo.

Academia foi campeã distrital de iniciados em 2017/2018 e 2019/2020

A última época foi interrompida de forma abrupta. Como sentiu a reação dos atletas?

Senti neles uma enorme tristeza, um enorme desagrado, uma enorme pena de não poderem continuar a fazer aquilo que tanto gostam, jogar/treinar futsal. Inicialmente, não reagiram bem, depois acreditaram que podia ser passageiro e depois veio a grande desilusão de não voltarem a treinar/competir nessa época desportiva. Fizemos de tudo o que estava ao nosso alcance para que não parassem por completo a prática desportiva e para que não se afastassem da nossa “família” em termos de interação diária. Continuámos em contacto com eles, treinávamos online, dávamos-lhes tarefas e desafios e frequentemente demos apoio ao nível emocional para que a vida continuasse de uma forma menos conturbada.

Taças de Encerramento de Infantis (2015/16 e 2016/17)
foram os primeiros troféus oficiais da Academia

Surgiu entretanto a nova Academia de Desportos de Condeixa. O que mudou?

Sinceramente, pouco. Mudou o nome do clube, mudou o emblema e pouco mais. Somos praticamente os mesmos, continuamos com as mesmas ideias e filosofias e seguimos o nosso caminho com os objetivos bem traçados e definidos. A novidade e mais valia, na minha opinião, é que toda a organização, logística e decisão que passava pelo professor Arlindo Matos e o sobrecarregava fortemente é agora distribuída por mais seis elementos diretivos que o libertam de algum desse peso e o apoiam/ajudam aos mais variados níveis.

Esta temporada, não arrancaram ainda as competições jovens. Como gerem as expectativas dos atletas?

Não está fácil, mas, como adultos e gestores/líderes de um processo, temos de fazer o nosso papel. Trabalhávamos desde o dia 1 de Setembro, com todas as regras e exigências e felizmente nunca fomos forçados a parar devido a casos positivos ao novo Covid-19. Íamos dialogando com os nossos atletas/equipas e íamos gerindo as suas ansiedades. Frisávamos que não sabíamos quando começaria o campeonato, mas que o mais importante era não contrairmos o vírus e estarmos preparados para quando o campeonato pudesse começar. No início foi mais fácil, mas a partir do meio de novembro a coisa começou a complicar. Os atletas começaram a ficar saturados de treinar sem competir e ainda por cima de treinar de forma condicionada. Aí sim, a dificuldade em os motivar começou a ser maior. No início de Janeiro, e depois de um pequeno abrandamento no ritmo dos treinos devido à época festiva de Natal e Fim de Ano, a motivação regressou e a possibilidade do início de campeonato voltou a ser um fator preponderante. Três semanas depois, estamos em novo confinamento e os treinos foram suspensos.

Ainda assim, a equipa feminina tem estado em bom plano na Taça de Portugal...

É verdade, já nos deram duas alegrias e estão de parabéns pela entrega e responsabilidade demonstradas nos dois jogos. Duas eliminatórias ultrapassadas, e bem ultrapassadas. Garantiu-se assim a passagem à 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Já estávamos a preparar o jogo dessa mesma eliminatória, mas devido ao panorama pandémico nacional, este foi adiado. Foi especial ver o primeiro jogo oficial da Academia de Desportos de Condeixa.

João Oliveira orientou equipas dos petizes aos juvenis na Academia

Cumpridos todos os patamares de formação, é possível pensar na Academia na Divisão de Honra de seniores masculinos na próxima época?

Claro que sim. É um projeto construído de raiz e que começou nos "alicerces" e terminará no "telhado". Assim sendo, claro que a Academia terá de ter seniores masculinos na próxima época pois será o ano em que os nossos atletas, os sub-20 e os actuais juniores de 2.º ano, darão início ao escalão sénior. Sabíamos desde o dia 4 de julho de 2011 que, de dois em dois anos, teríamos de abrir um novo escalão. Pois bem, 2021/2022 será o ano de abrir o escalão sénior masculino e manter os nossos atletas junto de nós, eles que nos acompanham há tantos anos. Não faria qualquer sentido, formarmos atletas durante tantos anos e agora não lhes criarmos condições para poderem mostrar e pôr em prática toda a sua formação e habilidades.

O que têm idealizado para o projecto da Academia?

O que temos idealizado passa por tornar a Academia numa referência a nível nacional, principalmente ao nível da formação. Mas como é lógico, temos de nos preocupar em trabalhar bem e com qualidade e depois os resultados aparecerão naturalmente. Na minha opinião, já somos uma referência a nível distrital. Caminhamos agora para um patamar regional e a curto/médio prazo haveremos de chegar a patamares nacionais, como já aconteceu com os nossos iniciados na época 2017/2018 que disputaram a Taça Nacional e ficaram entre as 12 melhores equipas do país e iria também acontecer na anterior passada, 2019/2020, com os iniciados, não fosse o cancelamento de todas as provas. Queremos ficar para durar e ambicionamos que o nome da Academia seja reconhecido a nível nacional.

Qual o sonho que gostava de ver realizado na Academia?

Tenho tantos! Mas um daqueles que me faria muito feliz era termos uma equipa sénior masculina a jogar na Liga Placard e onde mais de 50% do plantel fosse composto por jogadores da nossa formação. Isso, como é óbvio, implicaria que os nossos escalões de formação também já jogassem a nível Nacional. Ou seja, era um “dois em um”. Se esse sonho não se vier a concretizar, ambiciono muito que os nossos atletas possam vir a jogar ao mais alto nível e em clubes de reconhecimento nacional.





sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

"A Academia faz parte do que eu sou e do que vou ser"

És um dos primeiros atletas da Academia. Que sentimento tens em relação a isso?

O facto de ser um dos primeiros atletas da Academia deixa-me bastante orgulhoso. Lembro-me muito bem de como começámos em 2011, e isso faz-me dar valor ao quanto evoluímos, crescemos e nos superamos como grupo.

De que forma foi importante para ti a prática desportiva?

A prática de atividades desportivas sempre foi, e continua a ser, algo muito importante para mim. Posso dizer que o desporto, em geral, me moldou a ser quem sou hoje. Não sei como seria se não tivesse entrado na Academia, mas sei que não seria o mesmo.

Sempre conseguiste conjugar bem o futsal e os estudos?

Sim, apesar de nem sempre ser fácil nas alturas de maior aperto de avaliações. Mas confesso que raramente falto para ficar a estudar, pois sei que muitas vezes é mais benéfico ir desanuviar. Ainda por cima, fazendo algo que eu gosto.

Qual o curso que estás a tirar e qual a meta que tens em termos profissionais?

Estou a tirar o curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na Universidade de Coimbra. Em termos profissionais ainda está tudo em aberto. Claro que vai ser dentro deste ramo, mas concentro-me mais em ver o que gosto de fazer e aproximar-me o mais possível disso.

Na última época, integraste a equipa técnica dos iniciados liderada por Daniel Lourenço. Como surgiu a oportunidade?

O primeiro passo foi dado há duas épocas atrás. Eu e um amigo meu, o Leandro, também atleta da Academia, demonstrámos interesse de ajudar a treinar uma equipa mais nova junto do Flávio Silva, que era nosso treinador, adjunto do Daniel Lourenço. A coisas foram andando a partir daí e, na época seguinte, o coordenador desportivo, o João Oliveira, propôs-nos essa possibilidade, algo que aceitámos com muito agrado.

Que balanço podes fazer da época e até onde poderia ter chegado a equipa?

A equipa de iniciados da época 2019/20, a meu ver, foi uma equipa com muito jovem talento e com jovens sempre dispostos a aprender mais. Apesar de termos ganho o Campeonato Distrital e de termos garantido um lugar na final da Taça AFC que acabou por não se realizar, sinto poderíamos ter chegado mais longe e pisado palcos maiores como o Campeonato Nacional. Coisa que acabou por não acontecer com a chegada da pandemia.

Este ano, outro desafio, junto dos benjamins com o treinador Nuno Pestana. Como tem sido?

Estou a adorar. O facto de a equipa ser ainda mais nova do que a anterior apresenta outro tipo de desafios, mas muito gratificantes. O ambiente é fantástico e os meus companheiros, o Nuno Pestana e o Rodrigo Fernandes, são provavelmente a maior razão para isso.

Numa fase em que a pandemia não tem dado tréguas e agora que os treinos estão suspensos, que conselho dás aos atletas mais novos?

Por mais que eu gostasse de dar bons conselhos temo que não tenha a capacidade para tal, pois também eu sofro com a suspensão dos treinos e a falta de atividade física. Contudo, mantenham-se activos mesmo em casa e sempre com uma bola por perto.

Qual o melhor momento que tens na Academia nestes quase 10 anos de ligação?

É extremamente difícil para mim escolher ou definir um momento como o melhor que tive na Academia. Para além de que seria bastante redutor. Mais do que eleger um momento, guardo sim as amizades, os risos, os golos. Isso é o mais importante que levo da Academia.

O que representa para ti a Academia?

A Academia para mim é muito mais do que um clube no qual vou para jogar futsal. A Academia faz parte do que eu sou e do que vou ser, formou-me como atleta e até como pessoa, proporcionou-me experiências incríveis, ensinou-me a prática e o gosto pelo futsal. A Academia é para mim uma segunda casa.

sábado, 2 de janeiro de 2021

“O foco parte de cada uma de nós: temos de trabalhar e dar o máximo”

Como avalia este início de época?

Apesar das circunstâncias em que vivemos e de nos encontrarmos numa época atípica, este recomeço de época foi positivo e de encontro aos nossos objetivos coletivos. Devido a esta situação de pandemia a competição foi obrigada a abrandar o que não nos permitiu manter a consistência que pretendíamos. Como todos os anos, renova-se a ambição e a dedicação juntamente com a vontade de chegar o mais longe possível em todas as competições que nos permitirem participar.

Dois jogos realizados na Taça de Portugal e duas vitórias. Qual é o balanço que faz?

O nosso principal objetivo nesta que é a competição mais exigente a nível nacional, mantém-se de época para época: ganhar com a melhor qualidade possível e ir passando cada eliminatória. Nestes dois únicos jogos que realizámos esse objetivo foi cumprido e passámos à 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Obviamente, que mesmo saciando a vontade de triunfar fica sempre a sensação que poderíamos ter feito mais, mas isso também nos permite limar e decifrar cada em momento de jogo o que podemos e devemos melhorar.

O que fazem para manter o foco no treino, quando tiveram apenas dois jogos ainda que ambos a eliminar?

O foco parte de cada uma de nós: temos de trabalhar e dar o máximo independentemente da incerteza das competições desta época. A equipa técnica também tem um papel imprescindível, principalmente nesta fase e transmite-nos uma motivação extra. Esta paixão é o que nos move e nos eleva quando lá fora as adversidades do quotidiano nos encaminham para uma realidade mais dura.

Vem aí o campeonato. Qual é a meta definida?

O campeonato que se aproxima será só mais uma prova para mostrarmos o nosso trabalho e a entrega que temos tido desde o início da temporada. Efetivamente, a finalidade será materializar o nosso valor em cada jornada até conquistar o tão desejado título.

Pertence ao grupo de sub-capitãs. O que representa isso para si?

Naturalmente, fiquei surpreendida sendo uma atleta júnior, mas penso que é, principalmente, um voto de confiança enorme, assim como uma valorização e reconhecimento do meu esforço e devoção ao longo destes anos em que me encontro na Academia.

É a única atleta tricampeã na Academia, sendo que o conseguiu em dois escalões. Qual o sentimento que tem? É um sentimento de orgulho e dever cumprido. O meu primeiro título foi nos iniciados, numa época muito difícil a nível individual, uma vez que existia uma pequena discrepância no que toca a capacidade física visto que era a única atleta feminina. No entanto, foi uma época muito especial na qual aprendi imenso, maioritariamente com os meus treinadores. Lamentavelmente, foi a primeira e última grande conquista junto desses meus colegas. Relativamente ao Campeonato de Juniores Femininos, o primeiro ano teve um sabor especial, porque além de ser a estreia de uma competição a nível distrital, permitiu-me evoluir bastante pessoal e coletivamente. Na época passada, voltámos a atingir a excelência e a merecida vitória fruto de sacrifício e persistência por parte das nossas atletas.

Capitaneou a seleção distrital da Associação de Futebol Coimbra. Motivo de orgulho?

Orgulho é pouco para exprimir o sentimento que tenho quando penso na seleção distrital, não só por ter sido capitã, mas por tudo o que conseguimos atingir nesse torneio. Ao fim de três anos consecutivos a ser convocada e a representar a cidade de Coimbra, foi um prazer poder liderar, juntamente com os treinadores, esta equipa. Como atleta empenhada fica uma satisfação enorme em ver que tive um processo continuo de evolução até obter este privilégio. É sempre uma honra ser “líder” de uma equipa, mas numa seleção é uma emoção inexplicável, assim como vestir aquela camisola e poder partilhar campo com atletas que fora daquele contexto eram “rivais”. Ser capitã não me faz ser melhor que ninguém, mas sim ter um compromisso e responsabilidade acrescidos para com as minhas colegas.

Noutro âmbito tem integrado as últimas seleções Acreditar. O que representa a participação no torneio solidário?

No primeiro ano em que participei neste torneio solidário fiquei rendida à causa que representa. Nas últimas duas edições na qual integrei a Seleção Acreditar foi ainda mais marcante para mim como jogadora por ter tido a oportunidade de partilhar a quadra com atletas do mais alto nível, entre campeãs nacionais e campeãs olímpicas.

Nome: Ana Maria Santos Paiva

Idade: 17 anos

Data de nascimento: 26/07/2003

Local: Coimbra

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

“É um orgulho muito grande fazer parte desta família que é a Academia”

Capitã Xana Gonçalves frisa que o principal objectivo foi alcançado com a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal. Com a Divisão de Honra no horizonte, o foco está no título distrital
Como descreve o jogo diante do Serpinense?

Estávamos cientes de que não ia ser um jogo fácil, uma vez que se tratava de um jogo a eliminar e as duas equipas tinham o mesmo objectivo, ganhar a partida e garantir a passagem à 3.ª eliminatória da prova. A equipa do Serpinense tem uma boa equipa e, apesar de nos ter dado a iniciativa do jogo, penso que não foi o nosso jogo mais consistente, com alguns momentos de precipitação e desconcentração, não produzindo assim aquilo que desejávamos e somos capazes. Contudo, o balanço é positivo pois o objectivo principal foi cumprido.

Qual a reacção do grupo após a vitória?

O grupo ficou contente com a vitória, uma vez que garantimos a continuidade na Taça de Portugal, competição na qual queremos chegar o mais longe possível. No entanto, a equipa tem noção que, o seu crescimento colectivo é um processo contínuo e que ainda há muito trabalho pela frente para consolidar e aperfeiçoar os nossos processos de jogo.

Como se gere o foco competitivo sendo que apenas jogaram duas vezes desde o arranque da temporada?

Para ser sincera, não é fácil gerir o foco competitivo quando estamos perante uma época completamente atípica, na qual o nosso maior receio se prende com o cancelamento das competições. No entanto, e apesar de todas as restrições devido à situação de pandemia, a equipa técnica continua a encetar todos os esforços para que se trate de uma época “normal” e que não afecte a consistência e motivação do grupo. Desta forma, para que o foco competitivo não estagne, penso que a receita será a confiança que temos nos seus processos de jogo, a nossa união e espírito de entreajuda e ainda a vontade de trabalhar intensamente para crescer como colectivo e deixar a nossa marca nesta época.

Também pela escassez de jogos estas vitórias na Taça de Portugal têm um sabor ainda mais especial?

Claro que sim. Neste momento, sendo a única competição que está a decorrer na qual podemos participar, é uma mais-valia para podermos colocar em prática tudo o que temos vindo a treinar desde o arranque da temporada e podermos mostrar o nosso crescimento colectivo. Torna-se ainda uma motivação para que continuemos a treinar e trabalhar intensamente nos nossos processos e assim, atingir o sucesso.

Esteve no grupo que na primeira época fez história no distrito e chegou à 4.ª eliminatória. Gostava de repetir o feito?

Não só gostava de repetir o feito, como também gostava que conseguíssemos superar e chegar o mais longe possível nesta prova.

É uma das atletas fundadoras do projecto de futsal feminino na Academia. O que representa o clube para si?

É sem dúvida um orgulho muito grande para mim não só fazer parte deste projecto do feminino, bem como fazer parte desta família que é a Academia. É um projecto com o qual me identifico pelo facto de partilharmos uma paixão: o futsal. A Academia é muito mais do que um clube, é um projecto que tem por base a formação desportiva, em que o processo de ensino-aprendizagem está definido nos seus modelos, princípios e conteúdos. Na minha opinião, a Academia defende uma filosofia de formação que é fundamental para a vida em sociedade, transmitindo valores aos nossos atletas, através do desporto e da prática de actividade física. No seguimento desta ideia, a Academia deu-me a oportunidade de continuar a praticar esta modalidade, após interregno de um ano, permitindo-me evoluir bastante, não só como atleta mas principalmente como pessoa.

Ser capitã dá responsabilidade acrescida?

Sem dúvida. Ser capitã não é uma tarefa fácil, muito menos na situação que estamos a passar, pois será necessário ajudar a equipa a sentir-se motivada para continuarmos a lutar pelos objectivos colectivos. Na minha opinião, penso que quando somos escolhidas para ser capitãs é porque confiam em nós e no nosso trabalho, apenas devemos manter a nossa personalidade e ser verdadeiras, para que sejamos respeitadas por todos. Será necessário ser o exemplo do que exigimos aos outros ao mesmo tempo que gerimos eventuais conflitos dentro da própria equipa. No entanto, como ser humano que somos, não seremos sempre perfeitas, pois também teremos bons e maus momentos, mas devemos, principalmente, estar disponíveis para crescer e aprender. Bem sei que ser capitã poderá acarretar alguns riscos e responsabilidades, contudo também poderá trazer algumas recompensas.

Quais as metas definidas para este ano?

Com tudo a correr bem e o campeonato distrital a arrancar mesmo no dia 10 de Janeiro, a meta da equipa passa por ficar em 1.º lugar na Divisão de Honra para que possamos ter acesso à Taça Nacional. Conseguindo dar esse feito, tentaremos chegar ao Nacional da 2.ª Divisão. Para além desse objectivo, que é o principal, temos ambições legítimas na Taça AFC e queremos chegar o mais longe possível na “prova rainha”, o que seria um excelente feito para ficar na história deste primeiro ano da Academia de Desportos de Condeixa.

Nome: Xana Gonçalves (Paula Alexandra Teixeira Gonçalves)

Idade: 31 anos (10/06/1989)

Local: Penela

Clubes: Associação Espinhal, Penelense, Núcleo SCP Condeixa e Academia Condeixa

sábado, 19 de dezembro de 2020

Academia segue em frente após dérbi emotivo

A Academia de Desportos de Condeixa garantiu uma vaga na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal de futsal feminino ao vencer o Serpinense, por 4-2, no Pavilhão Municipal condeixense. Num encontro de vizinhos, as anfitriãs assumiram a posse de bola, mas coube às visitantes as primeiras grandes situações de golo que não conseguiram converter em golo. A meio do primeiro tempo, um remate de fora da área de Alexandra Coelho só parou no fundo das redes e, mais tarde, a camisola 3 da Academia assistiu Raquel Mota para novo remate de fora da área, desta feita, rasteiro e colocado. A resposta da turma de Serpins surgiu por Raquel Santos que aproveitou um erro defensivo, isolou-se e fez o 2-1 que se verificava ao intervalo. No segundo tempo, a vontade do Serpinense empatar a partida esbarrou em Ema Ferreira. Do lado oposto, com 30’ jogados, Ana Maria Paiva assistiu e Mariana Gandarez ampliou a diferença (3-1). Mais golos, só na recta final. Aproveitando um ressalto na área, Ana Raquel fez o 4-1, mas o marcador só encerrou com o tento de Cristina Colaço, já à entrada do último minuto. Arbitragem positiva. Pavilhão Municipal de Condeixa. Árbitros: David Pereira e Filipa Prata. Cronometrista: António Henriquez. Academia 4 Ema Ferreira, Xana Gonçalves, Alexandra Coelho, Raquel Mota e Mariana Gandarez Banco: Carolina Boavida, Ana Maria Paiva, Juliana Lourenço, Ana Rita Melo, Sabrina Silva e Ana Raquel Treinador: Arlindo Matos Serpinense 2 Sara Simões, Beatriz Ferreira, Raquel Santos, Márcia Rosa e Jacinta Santos Banco: Inês Mendes, Anabela Marques, Ângela Rodrigues, Cristina Colaço, Ângela Morgado e Jéssica Daniela. Treinador: Tiago Adelino Ao intervalo: 2-1. Golos: Alexandra Coelho (9’), Raquel Mota (16’), Raquel Santos (17’), Mariana Gandarez (30’), Ana Raquel (38’) e Cristina Colaço (39’).